Por Guilherme Rocha
Definitivamente, as redes sociais se tornaram uma grande vitrine para criativos independentes. Se antes, para que um designer pudesse ter visibilidade era necessário cair nas graças de uma publicação conhecida, hoje basta que saiba jogar com o algoritmo das redes e suas criações podem rapidamente cair nas graças de artistas e stylists que estão sempre em busca da última novidade para compor uma imagem de impacto para um novo vídeo ou show. Foi assim que o stylist de Luisa Sonza, Victor Miranda descobriu as criações da marca AmorTrash de João Pedro De Oliveira Dias, aka Trash Boy, “Chegamos até ele através de pesquisas pelo instagram e logo de cara entendemos que seria um ótimo parceiro para adicionar identidade às roupas da Luísa pra marcar bastante as eras e os moods das músicas. E com ele foi identificação imediata! ” contou o stylist ao FFW.
Residente da cidade de Guarulhos, vizinha à São Paulo, Trash Boy, que tem apenas 24 anos, já viu suas peças customizadas e estampas com motivos tribais serem vestidas por figuras como Pabllo Vittar, Jup do Bairro e Luisa. “Eu faço basicamente customização e, inclusive, agora estou começando a fabricar roupas do zero com auxílio de costureiras”, conta ele.
Suas criações e estampas são resultado de suas referências, que passam por animes como Death Note e a banda de Black Metal brasileira Sarcófago. Segundo ele, as peças trazem uma bagunça visual que é resultado da mistura dessas várias referências como a estética tribal, o rock e o trap: “através da pintura eu passo para a roupa uma arte, essa viagem que acontece na minha cabeça, no meu universo visual” diz ele.
Com a atenção que seu trabalho vem recebendo, o criativo pretende lançar peças que possam ser reproduzidas em maior quantidade e alcançar mais pessoas sem perder a identidade que conseguiu criar com suas customizações que misturam as técnicas do silk, aerógrafo e do desenho livre.
Ao explicar o porquê do nome Amor Trash, que começou como um brechó, ele revela “achei que o nome soava bem e que trazia de uma maneira legal a dualidade que trabalho, por exemplo o trash, o sujo, o dark, o bruto, o garimpo, e o amor. Amor de fazer, de criar, de buscar transformar aquela peça em algo especial”.
O artista já trabalha para lançar sua primeira coleção completa para breve e que ele pretende chamar de “Ready to Die”. Nós aqui estamos prontos e ansiosos para ver ainda mais do que ele tem a nos oferecer.
