A espera acabou. Demna Gvasalia, que faz sucesso à frente do coletivo parisiense “Vetements”, finalmente foi apontado como novo diretor criativo da Balenciaga.
Há pouco tempo o FFW publicou uma matéria especial sobre a Vetements contando por que eles têm que tem agradado tanto no cenário da moda. Em outro artigo, falamos sobre as apostas do mercado para assumir a Balenciaga, com Demna e seu coletivo como uma das opções.
A notícia veio pouco após Alexander Wang mostrar sua última coleção para a marca, apresentada em clima de suspense já que todos aguardavam a notícia de quem o substituiria.
A energia jovem e mais crua de Demna pode fazer bem à Balenciaga e levar a marca para um novo momento, mais atual, talvez mais radical; mas são justamente as mudanças surpreendentes que abrem espaço para novas visões.
Ao BoF, François-Henri Pinault, presidente do grupo Kering, dono da balenciaga, disse: “A Balenciaga influenciou diversas gerações de estilistas com seu estilo radical e distinto. Hoje, a maison é uma das mais finas joias da herança francesa na moda. Estou muito feliz em receber Demna Gvasalia, uma força emergente no mundo criativo de hoje, como diretor artístico da Balenciaga. Estou convencido de que ele vai levar a marca para um futuro de sucesso”.
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Antes de fazer da Vetements uma das marcas mais comentadas de Paris com apenas quatro coleções, Gvasalia trabalhou na Louis Vuitton e na Maison Martin Margiela, onde ficou por oito anos. Porém, frustrado com limitações estéticas e de decisões, reuniu-se com sete outros designers para criar a Vetements. “Nos encontramos e percebemos o quão frustrados todos estávamos. Tínhamos perdido a diversão na moda, notamos que era necessário fazer roupas contemporâneas, que dialogassem com o hoje”, disse o estilista.
Certamente toda essa energia e paixão pelo novo tenha sido peça chave na escolha da Balenciaga. Após temporadas mornas sob o olhar de Alexander Wang, faz total sentido que a marca, conhecida pelo vanguardismo estético e de materiais desde sua fundação por Cristóbal Balenciaga, tenha recorrido à nova energia que emana de Gvasalia. E ele entra ainda com um ponto a seu favor: a Balenciaga precisa mais dele do que ele da Balenciaga.