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    Diretora criativa da Swarovski fala sobre criação, design e Brasil
    Diretora criativa da Swarovski fala sobre criação, design e Brasil
    POR Redação

    abre-swarovskiNathalie Colin, diretora criativa da Swarovski, com peças da coleção “Wings of Fantasy” ©Juliana Knobel

    Aproveitando o lançamento brasileiro de “Wings of Fantasy”, nova coleção da Swarovski inspirada no mundo da dança, a companhia austríaca trouxe para cá Robert Buchbauer, CEO da Swarovski Consumer Goods Business  (e membro da 5ª geração da família Swarovski), e Nathalie Colin, diretora mundial de criação da marca, que conversou com o FFW sobre seu trabalho e o mundo do “modern lux”.

    Formada em marketing na escola de administração Ecole Supérieure de Commerce (ICN), na França, e em moda no Fashion Institute of Technology (FIT), nos Estados Unidos, Nathalie acumulou experiência pelos mundos da moda, do design e da pesquisa de tendências antes de se juntar à equipe da Swarovski e se voltar ao seu primeiro amor: os acessórios. Confira a seguir a entrevista que aconteceu no Hotel Emiliano, em São Paulo, horas antes do primeiro desfile de uma coleção da Swarovski no Brasil:

    O seu background inclui marketing, moda e consultoria de design, além de um interesse em acessórios que começou quando você ainda era criança; de que forma isso tudo se traduz no seu trabalho?

    Boa pergunta, porque para ser desta área, você não pode ser só um designer; você precisa ter uma noção de marketing para poder acompanhar coisas como a linguagem, o cronograma da empresa e o número de lojas.  E o seu trabalho tem que ser muito estruturado e organizado – então essas minhas experiências passadas ajudaram a estruturar o meu raciocínio. E a abordagem de trabalhos como esse, para grandes empresas, definitivamente é uma combinação de design e marketing.

    swarovski-3Mostruário de peças feitas com os cristais Swarovski ©Juliana Knobel

    E como é o seu trabalho? Você se envolve na criação das peças ou cuida da produção como um todo?

    Vejo as coisas como um todo; eu tenho 50 pessoas na minha equipe de design, a maior parte delas em Paris e na Áustria, com gente também na Suécia e em Hong Kong. Meu trabalho é lhes dar um direcionamento: eu defino o tema, as cores, e examino tudo o que é criado, aprovo as amostras, e por aí vai. Desde a primeira ideia até a finalização de uma coleção, esse é um processo que leva dois anos.

    A Swarovski trabalha com análise de tendências ou a equipe de design fica mais focada em criar peças clássicas e atemporais?

    Nós definitivamente ficamos atentos às tendências, ao que está por vir; temos nosso próprio escritório de tendências, com quem trabalharmos muito de perto, porque isso é muito importante para nós. Até trabalhamos com pesquisas externas no caso das cores, que são importantes, e eles nos cedem a visão deles, que combinamos com o nosso extertise.

    A Swarovski se posiciona como uma companhia “modern lux”; o que exatamente isso significa?

    Significa que não somos uma companhia de luxo tradicional, com os códigos tradicionais de uma companhia de luxo; em tudo o que fazemos, tentamos integrar um novo senso de modernidade. Essa modernidade se expressa no fato de que temos produtos de altíssima qualidade, com garantia de dois anos, por exemplo, mas que são também muito acessíveis para um grande número de pessoas. Essa acessibilidade dá uma dimensão muito importante a essa abordagem do luxo.

    swarovski-1Peças da nova coleção “Wings of Fantasy” ©Juliana Knobel

    Esse é um conceito que já nasceu com a marca ou que foi integrado como uma forma de se adaptar ao novo mercado mundial?

    Uma coisa interessante é que, com a recessão, muitas companhias tiveram que mudar seus conceitos e passaram a lançar coleções mais abrangentes ou mais acessíveis para aumentar a clientela, mas isso sempre esteve no nosso DNA. Nós não mudamos nada da nossa estratégia, mesmo em épocas de economia instável – a acessibilidade sempre foi um dos marcos do posicionamento da marca.

    Quanto às vendas da Swarovski: há dados que indiquem o que vende mais por área? O que é mais popular na América Latina, Europa, Ásia, etc?

    Eu não tenho esses dados comparativos, mas posso dizer que, analisando o top 10 de vendas de cada país, notamos que há um “estilo global” verdadeiro a todo o mundo. Entre as categorias que mais vendem, estão os anéis, pingentes e brincos – todos eles vendem muito, muito bem em qualquer lugar.

    Falando em estilo e em América Latina: levando em conta a sua experiência na área de acessórios, que dica de styling você pode dar para as brasileiras?

    Eu não conheço muito do Brasil, mas pelo que eu pude ver, as mulheres do Brasil são muito femininas, e gostam de expressar essa feminilidade. E joias são um ótimo acessório nesse sentido, porque podem mostrar sua personalidade, sua expressão. Você pode brincar com as misturas, ser criativa. Não tente se encaixar em nenhuma regra, cultive seu próprio estilo e personalidade. Não hesite em misturar uma pulseira da estação com uma outra que você já tenha, como uma pulseira que você tenha herdado de família. Quebre as barreiras do que pode ou não ser feito!

    Veja aqui quem foi ao desfile da marca, em São Paulo

    + Veja mais fotos da nova coleção “Wings of Fantasy” da Swarovski:

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