Domenico Dolce e Stefano Gabbana parecem não estar muito cansados das polêmicas. Primeiro houve o escândalo de sonegação de impostos em 2010 (relembre), depois a declaração contra o casamento gay e a a fertilização in vitro, afirmando que “todos nascem de pai e mãe”. O parceiro Stefano Gabbana saiu em defesa dele, que acabou se desculpando.
Agora, o site da marca lançou para pré-venda uma sandália da coleção de Verão 2016, desfilada no ano passado, que tem como tema “uma declaração de amor à Itália”. O problema é que o sapato em questão é chamado de “Slave Sandal”, ou, em bom português, “sandália de escravo”.
Como era de se esperar, o nome rendeu nas redes sociais e o calçado foi rebatizado para “sandália decorativa de napa e pompons”. O item está sendo vendido sob encomenda e custa US$ 2.395. Multimarcas que também estão aceitando encomendas do calçado optaram por não utilizar o termo em seus sites.
Até o momento, nenhum porta voz da marca deu alguma declaração sobre o fato. Porém, de acordo com o site especializado “Footwear News”, “Slave” há algum tempo era o termo usado para o que hoje é conhecido como sandália gladiadora. O questionamento que fica é sobre a ética de usar uma referência à escravidão como termo para vender calçados. O mercado não precisa disso.