Aconteceu na noite da última terça-feira, 26 de outubro, a sétima edição do FAAPMODA, no Teatro FAAP, concurso voltado a premiação dos melhores alunos dos cursos Sequencial em Moda e graduação em Design de Moda.
Dos 58 trabalhos inscritos, 6 finalistas foram escolhidos para integrar todas as etapas de concepção de uma coleção, desde a definição do conceito, ilustração com croquis, processo de modelagem, provas, acabamento até o desfile final. O trabalho como um todo é então avaliado por uma banca de jurados formada por Chiara Gadaleta, Juliana Jabour, Sarah Chofakian, Renato Kherlakian, Gui Paganini, Flavia Lafer e Lorenzo Merlino, responsáveis por eleger as 3 melhores coleções.
Para 2010 o tema estabelecido para pautar as coleções foi o das “conexões”. Aquelas que, proporcionadas pelo estilo de se vestir, permitem que a moda não só dite as tendências de consumo como também crie conceitos, estabeleça traços culturais da sociedade e dialogue com diversos públicos por meio das cores, formas, texturas e acessórios.
Looks de Adriana Tristão, Marcela Affonso e Andressa Nóbrega: eleitas as 3 vencedoras do 7º FAAPMODA pela banca de jurados ©Divulgação
O 1º lugar ficou com a estilista Adriana Tristão, com coleção que buscava explorar a capacidade do homem de sempre adaptar sua aparência, principalmente por razões sociais e religiosas. Para tanto apresentou uma coleção toda branca, com tecidos estruturados por entretelas formando quase que esculturas com mangas e golas gigantes, mais saias volumosas.
Numa pegada mais romântica, Marcela Affonso, 2º lugar, quis falar da sensibilidade humana e de silhuetas de época. Daí os drapeados em tule em silhuetas ora ajustadas, ora fluídas, os vestidos cocktail com cintura marca, e volume quase que constante _ainda que suave_ nas saias.
Em 3º lugar, experimentando com formas e volumes, Andressa Nóbrega olhou para as conexões entre as imagens corporais das pessoas como um processo dinâmico e constante de emoções. Também quis falar da passagem do tempo, do aspectos da história, da memória e da roupa para o futuro. Assim, não é por menos que sua coleção vinha carregada de um ar futurista, em que estruturas metálicas resgatam e desconstroem a crinolina em diferentes e inusitados pontos do corpo, e efeitos da passagem do tempo apresentam-se nos materiais amassados e lixados.