Livia Firth e outros fashionistas viram a roupa pelo avesso no primeiro Fashion Revolution Day ©Reprodução/Instagram
Há exatamente um ano, o edifício Rana Plaza, em Bangladesh, desmoronou, matando 1.133 homens, mulheres e crianças, deixando mais de 2.500 feridos e pelo menos 800 crianças órfãs. Para marcar esse trágico dia, que chamou atenção de todo o mundo não apenas pelo acidente, mas também pelas condições que essas pessoas trabalhavam, o 24 de abril transformou-se no Fashion Revolution Day (ou Dia da Revolução da Moda, em tradução livre).
Fashionistas do mundo todo, como a entusiasta da moda sustentável Livia Firth, a cantora VV Brown e a blogueira Susie Bubble, estão virando suas roupas pelo avesso, postando suas fotos no Instagram com a hashtag #insideout e convidando mais gente a fazer o mesmo. Algumas marcas internacionais também prepararam ações especiais. Um exemplo é a estilista americana Eileen Fisher, que fará um evento em sua loja em Londres com a exibição de “Handprint”, filme encomendado por Livia Firth e dirigido por Mary Nighy, seguida por uma palestra sobre a indústria da moda. Além disso, também ocorrem debates abertos no Facebook e no Twitter do Fashion Revolution Day.
Mais que uma forma de lembrar e homenagear todas as pessoas que sofreram com a tragédia de Rana Plaza, o Fashion Revolution Day pretende alertar os consumidores para que se tornem mais conscientes na hora de comprar — o ato de virar a roupa pelo avesso expõe a etiqueta e simboliza a preocupação com a origem e as condições em que a peça é produzida. O movimento, que começou na Inglaterra e tem Bianca Jagger entre os apoiadores, propõe transformar a forma como a cadeia de produção da indústria da moda funciona, tornando-a mais ecologicamente responsável e humanitariamente preocupada.