O icônico fotógrafo americano Irving Penn morreu hoje (07.10), aos 92 anos, em casa, em Nova York. A confirmação veio do jornal “The New York Times”, em um obituário escrito pelo amigo e representante de Penn, Peter MacGill.
Formado em pintura e design, Penn escolheu a carreira de fotógrafo de maneira semidramática e algo sustentável: arranhou canvas para usar como panos de fundo em fotografias. Em 1937, mudou-se para Nova York, onde começou um trabalho não remunerado de assistente na “Harper’s Bazaar”, a convite de um professor.
Estreou na “Vogue” em 1943 e, desde então, não parou: foram 66 anos de trabalho e cerca de 160 capas, além de inúmeros editoriais – muitos deles com a mulher, a famosa modelo Lisa Fonssagrives. Irving Penn tornou-se o fotógrafo mais prolífico da história da editora Condé Nast, e criador de algumas das fotografias mais famosas e elegantes do século 20.
Famoso por seu perfeccionismo, ele podia demorar dois dias para se satisfazer com um único clique – fosse de uma torta, de Pablo Picasso ou de copos de cristal – e gostava de trabalhar com as mesmas pessoas. Uma de suas últimas musas foi a modelo brasileira Carol Trentini, a quem ele chamava de “presença graciosa”.
Carol Trentini fotografada por Irving Penn para a “Vogue America”, em 2007 ©Irving Penn
Foi dela o último retrato que Penn tirou, em um trabalho para a “Vogue America”. Comovida, Carol falou ao site SPFW: “Tive a a felicidade de aprender com este gênio que foi e sempre será Mr. Penn. Momentos inesquecíveis naquele sereno estúdio na 5ª Avenida. Que sorte, que honra ter sido fotografada por suas lentes”.