2015 promete ser um ano movimentado para os organizadores e para os estilistas da Mercedes-Benz Fashion Week. Os desfiles da edição de setembro serão transferidos do Lincoln Center para um espaço ainda desconhecido no centro de Nova York. Mas tem muito mais novidades por aí, e a maior delas é que o evento vai mudar de nome e passar a se chamar New York Fashion Week.
A edição de fevereiro será a última em que a Mercedes-Benz será a patrocinadora master do evento que, por isso, perderá o nome da marca alemã de automóveis, de acordo com o WWD. A IMG e a Mercedes-Benz confirmaram o encerramento do patrocínio — para a próxima edição estão confirmados Maybelline, TRESemmé e DHL como patrocinadores, além da Mercedes-Benz. A IMG acrescentou que não tem planos de voltar a trabalhar da forma tradicional de patrocínio daqui para frente. A American Express, que foi patrocinadora da Mercedes-Benz Fashion Week de setembro de 2007 a setembro de 2014, já não participa da temporada de fevereiro.
Além disso, a WME-IMG, proprietária da Mercedes-Benz Fashion Week, está em negociações finais para adquirir a Made Fashion Week, semana de moda que também acontece em Nova York e que tem a American Express entre os seus patrocinadores. O negócio deve ser concretizado antes da temporada de setembro, e os sócios da Made trabalharão com a IMG como consultores.
A Made, que começou como um evento alternativo em setembro de 2009, já contou com 32 desfiles e apresentações de estilistas emergentes no Milk Studios, no Hotel Standard e no High Line. Em setembro passado, entre os participantes estavam Costello Tagliapietra, Jeremy Scott, Peter Som, Timo Weiland, Ohne Titel, Cushnie et Ochs, Public School, Zana Bayne, Baja East, Sophie Theallet e Tim Coppens. Em anos anteriores, participaram Proenza Schouler, Alexander Wang e Altuzarra. A união da IMG e da Made vai acabar com a disputa de estilistas e patrocinadores.
A Made Fashion Week, que se chamava MAC & Milk, foi lançada durante a recessão como uma opção para os designers que não podiam pagar para desfilar em locais tradicionais. O evento paga todos os custos, o que permite aos estilistas apresentarem suas coleções de forma gratuita. Além da American Express, entre os patrocinadores da Made estão Maybelline, The Wall Street Journal, SmartWater, Lexus e Macy’s. Os detalhes de como as duas operações vão trabalhar juntas ainda estão sendo resolvidos, uma vez que a IMG é paga e a Made, não.
A Mercedes-Benz Fashion Week era realizada no Lincoln Center desde 2010. Em dezembro de 2013, foi noticiado que a IMG iria desocupar as tendas quando seu contrato expirasse, após os desfiles de fevereiro de 2015. A mudança foi estimulada por uma ação movida por ativistas comunitários contra as tendas no Damrosch Park. Com base em um acordo feito em dezembro de 2014, a cidade de Nova York, o Departamento de Parques e Recreação da cidade e o Lincoln Center acordaram em não renovar o contrato com a IMG.
Em temporadas passadas, estilistas como Vera Wang, Michael Kors e Diane von Furstenberg deixaram as tendas no Lincoln Center e optaram por diferentes locais da cidade. Com isso, o público dos desfiles passou a percorrer diversos pontos diferentes de Nova York.
Quanto à futura localização da New York Fashion Week, a IMG está negociando um novo espaço, mas é muito cedo para falar sobre onde seria. Fontes apontam que os desfiles de setembro poderiam ser realizados em vários locais diferentes para dar opções aos estilistas. Espera-se que os desfiles vão para o Culture Shed, o centro de artes em Hudson Yards, local que será concluído em 2017. Ainda está no ar qual entidade promoveria desfiles centralizados, se o Council of Fashion Designers of America, que agora é dono do Fashion Calendar, ou a IMG, que não tem um contrato com o Culture Shed.
O Culture Shed, projeto de US$ 300 milhões, será um espaço para exposições e eventos ao lado do High Line. Ele está sendo desenvolvido com quatro passarelas, estúdios, espaço para exposições e uma cobertura de mais de 40 metros de altura que desliza ao longo das trilhas para criar espaços internos e externos. O Culture Shed é financiado com fundos privados, com membros do conselho, incluindo DVF, que liderou o movimento para angariar o dinheiro para construí-lo.
+ Veja o calendário de desfiles do primeiro semestre de 2015