Imagem da campanha de acessórios da Louis Vuitton Outono/Inverno ©Reprodução
A moda aderiu de vez ao vídeo? Após algumas investidas que não deram muito certo, o ano resultou em uma safra de bons filmes, em grande parte devido à narrativa convincente, há muito ausente no gênero. Isso também é o reflexo de uma indústria que percebeu a necessidade de falar a linguagem dos jovens compradores de moda, que cada vez mais consomem informação e entretenimento pela internet. O cenário está sendo radicalmente remodelado pela dinâmica da internet, dando origem a novas abordagens de conteúdo, plataforma e formas de monetização.
Nesse movimento, não são apenas as grifes que correm para adquirir o know-how necessário. Recentemente, a “i-D” e a “Dazed” anunciaram investimentos na área, conforme o site The Business of Fashion. A “i-D”, que foi adquirida pelo grupo Vice Media há um ano, está reformulando a sua presença online com uma experiência orientada por vídeo. O Dazed Group, proprietário da “Dazed & Confused” e do site Dazed Digital, acaba de lançar o Dazed Vision, braço para produção de vídeo.
Ambos os lançamentos são centrados em vídeo. Impulsionado pela disseminação da internet de banda larga, a proliferação de dispositivos móveis e a popularidade de sites de compartilhamento de vídeo como o YouTube, o consumo de vídeo online continua aumentando vertiginosamente. Em 2017, o consumo de vídeos será responsável por quase 70% de todo o tráfego de internet, com usuários assistindo o equivalente a 5 milhões de anos de vídeo por mês, de acordo com a companhia de equipamentos de rede Cisco.
O Dazed Digital também passará a veicular uma série de um ano intitulada “Visionaries,” com vídeos semanais de autoria de nomes como James Franco e Björk, entre outros.
Até então, a moda vinha falhando em aproveitar o potencial do vídeo online. A maioria dos filmes de moda precisa lutar para atrair um número significativo de audiência devido a uma soma de problemas, como falta de recursos financeiros, estratégias precárias de distribuição, e conteúdo fraco.
A própria Bertir Brandes, que escreve para o Dazed Digital, publicou um artigo intitulado algo como “O filme de moda pode evitar que a gente revire os olhos?”. “Enquanto a internet é palco ao vivo para as semanas de moda mundiais e sites impecáveis com curadoria de designers, o filme de moda ficou em segundo plano, perseguido por uma má reputação, ouso dizer, baseada na verdade”, afirma no texto.
Confira uma seleção de alguns filmes de moda lançados neste ano:
“Walking Stories”: de Luca Guadagnino para Salvatore Ferragamo
“T by Alexander Wang” (Outono 2013): por Darren Stein para Alexander Wang
“Inside Chanel”: por Chanel
“Rouge Dior – 60 years of attitude”: por Dior
“Bamboo Confidential”: por Gucci
Campanha de Acessórios da Louis Vuitton Outono/Inverno: por Quentin Jones