FFW
newsletter
RECEBA NOSSO CONTEÚDO DIRETO NO SEU EMAIL

    Não, obrigado
    Aceitando você concorda com os termos de uso e nossa política de privacidade
    O Estado o Moda, 6 Meses Depois: Nicole Heiniger, fotógrafa
    autoretrato de nicole heiniger feito para o ffw
    O Estado o Moda, 6 Meses Depois: Nicole Heiniger, fotógrafa
    POR Augusto Mariotti

    Este conteúdo é parte da serie de entrevistas “O Estado da Moda, 6 Meses Depois”. Durante o mês de setembro vamos conversar com os personagens da moda brasileira (diretores criativos, estilistas, criadores de imagem, empresários) para entender a visão de cada um sobre o momento atual e sobre o futuro da moda, seu passado recente e o que funciona e o que não funciona mais. Que essas conversas possam apontar caminhos.

    ___________________________________________________________

    Nicole Heiniger começou sua carreira como fotógrafa em 2009. Por um bom tempo ela foi a única fotógrafa de moda mulher num mercado dominado por homens. Desde então ela realizou trabalhos importantes como campanhas para as marcas Tufi Duek, C&A, Vivara e para as principais publicações de moda, se tornando um dos nomes mais requisitados da moda e publicidade.

     

    Quando a pandemia começou… 

    …as minhas atividades estavam normais, com momentos de muito trabalho e outros mais calmos, em função das temporadas das campanhas de moda.

    O que mudou nesses 6 meses 

    Ainda não sinto que houve uma retomada oficial das minhas atividades, aos poucos estão surgindo pequenos trabalhos, com muito menos recursos e com equipes reduzidas. As marcas têm muito menos dinheiro para investir em produções grandes, todos estão buscando alternativas mais simples para resolver as demandas comerciais e não necessariamente criar uma imagem de marca.

    Sobre pensar em desistir ou mudar completamente tudo

    Não penso em mudar de carreira, mas sim estou repensando o direcionamento do meu trabalho e muitos outros valores.

    Leia também > O Estado da Moda, 6 Meses Depois: Pedro Andrade, da Piet

    Sobre os impactos das questões socioambientais e sócioculturais mais urgentes 

    Surgiram muitas discussões importantes durante a pandemia, muito relevantes neste momento que estamos todos repensando nossos valores e nossa ética de trabalho. Está sendo um grande aprendizado pra mim, hoje estou mais atenta, prestando mais atenção nos pequenos detalhes de todo o processo de criação e formação de equipes.

    “Espero que toda criação seja mais consciente. Espero ver imagens que me façam parar e refletir por mais de um segundo.”

    Sobre os planos de curto prazo

    Tenho feito um trabalho mais autoral e percebo que desta forma estou me conectando mais com a minha própria identidade. Pela falta de recursos, me sinto mais espontânea e criativa, menos presa aos padrões e demandas do mercado. Estou desenvolvendo alguns projetos pessoais, pela primeira vez pude parar e olhar para dentro.

    Como você vê futuro da criação de moda? 

    O mundo vai sofrer muitas transformações, espero. Espero que seja mais sobre qualidade do que quantidade, sobre sustentabilidade e inclusão. Espero que toda criação seja mais consciente. Espero ver imagens que me façam parar e refletir por mais de um segundo.

    @nheiniger

    Não deixe de ver
    Tendência: O verão do preto
    Hedi Slimane deixa a Celine
    Redley lança Redley High, a nova linha de tênis de cano alto da marca
    O que é tendência nas ruas de Paris
    >Ludovic de Saint Sernin assinará a próxima coleção de Alta-Costura da Jean Paul Gaultier, Primeiro projeto imobiliário da Armani no Brasil, Casa Nordestesse abrigará a 28ª edição da Casa Cor Bahia
    Ainda existe espaço para autenticidade no street style?
    Gisele estrela coleção da Zara com Stefano Pilati
    FFW Shooting: Daiane Conterato em “Dries I Love You”
    Tendência: Milão aponta para o declinio do Quiet Luxury e volta da diversão na moda
    Tommy Hilfiger em entrevista exclusiva fala dos 40 anos de carreira
    FFW