Não foi por acaso que as irmãs Kate e Laura Mulleavy deixaram a NYFW de lado para apresentar o Verão 18 prêt-a-porter da Rodarte como convidadas durante a Semana de Alta Costura de Paris. “Começamos a sentir que éramos parte de um sistema que já não mais representa criatividade”, declararam elas ao The New York Times. Jack McCollough e Lazaro Hernandez, da Proenza Schouler, também entraram nessa onda. Palavra final em qualidade e guardiã do trabalho artesanal tradicional do petites mains, a Alta Costura é uma espécie de terreno sagrado em que designers de moda podem dar voz a sua criatividade e experimentação e podem abrir novos caminhos para as suas marcas.
É o quinhão da moda em que escapismo e sonhos ainda encontram lugar. Onde o tempo não foi esmagado pelas demandas da indústria comercial e o orçamento é grande o suficiente para que a inventividade e habilidade dos estilistas se manifestem em técnicas fragilmente minuciosas, volumes arrebatadores, combinações intensas de cores, estampas e texturas.
Muito embora esteja acima de tendências, é a Alta Costura que molda os caminhos da indústria e a impulsiona. Nas palavras da Pierpaolo Piccioli, expressas nas notas do desfile “elevado” da Valentino: “O valor autêntico da alta costura não pode ser visível. Está em rituais sagrados que se repetem, gestos que exaltam”.
A seguir, selecionamos alguns detalhes da temporada Inverno 18 que refletem o virtuosismo técnico e artístico próprios à couture.
Iris Van Herpen
Maison Margiela
Armani Privé
Chanel
Fendi
Giambattista Valli
Jean Paul Gaultier
Valentino
Dior
Rodarte
Schiaparelli
Viktor & Rolf
Azzedine Alaïa
Proenza Schouler