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    O que Anitta, Ivete Sangalo e Iza tem em comum? Os croquis de Leo Borges

    Essas e outras estrelas nacionais estão entre as clientes do estilista que ganha a vida desenhando croquis

    Desde criança ele era fascinado por tecidos, mas foi quando viu um croqui de moda pela primeira vez que a fascinação se transformou em paixão pela moda. Leo Borges, 31, paulistano do bairro do Jaçanã, zona Norte da cidade, tinha uma amiga que era amiga de um estilista baseado em Paris. Ela havia ganhado o tal croqui de presente do amigo e mostrou a Leo. “Foi a coisa mais linda que tinha visto até então”. Ver um croqui de moda, quando tinha aproximadamente 13 anos de idade foi como um sinal para ele, que já desenhava desde pequeno. Ali ele descobriu o que seria quando crescesse.

    O estilista-desenhista, que se graduou em moda em 2019, desde então tem trabalhado com renomados stylists e designers traduzindo ideias e propostas em imagem fidedignas para que as celebridades possam entendê-las com clareza, antes que as elas sejam definitivamente produzidas.

    Conversamos com Leo poucos dias após o lançamento do esperado vídeo de Girl From Rio de Anitta, com a qual ele colaborou, ao lado do stylist Daniel Ueda.

    o estilista leo di borges. foto: cortesia

    o estilista-desenhista leo borges. foto: cortesia

    Leo, seu traço tem um pouco de quadrinhos e você desenha desde criança, mas você se via fazendo o que quando crescesse?

    Eu sempre quis ser artista plástico. Acho que a questão do desenho animado é que eu busco trazer as características da pessoa que irá vestir a roupa. Imagino a atitude que a cliente incorporaria usando o look.

    Mas trabalho na moda desde 2014. Comecei num ateliê, como desenhista de bordado e logo em seguida desenvolvendo coleções e atendendo clientes sob medida no Ateliê Davidson Zanine (hoje Maison Alexandrine).

    E quando foi que os stylists descobriram seu trabalho de croquis?

    Foi na primeira vez que o ateliê desenvolveu os figurinos de carnaval da Ivete Sangalo com a Patrícia Zuffa, em 2016. Ela passava a proposta e as referências para a equipe de criação do ateliê e nós desenhávamos dezenas e dezenas de opções. Até fecharmos em 4 looks finais. Foi também a primeira vez que fiz um croqui digital com o desenho do rosto da cliente. E os croquis foram para a imprensa.

    Você imaginaria que você poderia trabalhar apenas desenhando croquis quando resolveu estudar moda? Muitas pessoas acham que a única possibilidade é ser o estilista, abrir uma marca…

    Não imaginava não. Afinal, esse foi um caminho muito particular de um serviço que não existia no mercado brasileiro dessa forma tão específica. Eu acho super divertido aplicar meus conhecimentos de estilista desenhista em inúmeras marcas diferentes. Cada projeto é diferente um do outro e isso me traz um aprendizado enorme.

    Quais foram os outros trabalhos que te deram orgulho?

    Eu tenho um carinho especial por todos. Mas para mim, foi incrível desenhar o Rock in Rio da Ivete, pois foi o meu primeiro trabalho “solo”, fora d0 ateliê. Mas não tenho como não citar também alguns looks para Preta Gil, Anitta, Duda Beat, Pabllo Vittar e Iza.

    Qual você acha que foi sua maior conquista até agora? 

    Com certeza, participar da equipe de criação dos icônicos looks para o vídeo de Girl from Rio, da Anitta.

    vários croquis para anitta

    vários croquis para anitta

    Falando neste vídeo, o Daniel Ueda, que fez o styling de Girl From Rio, da Anitta, me disse que nunca mais vai fazer figurino sem o seu trabalho junto, que ele ajuda as artista a enxergarem melhor o que vão vestir antes da roupa pronta. Como é essa relação entre você e o stylist e os artistas para quem vocês estão colaborando?

    Isso depende de cada trabalho e cada equipe envolvida. Mas geralmente é uma relação de troca muito interessante. É importante saber escutar o que o cliente quer, e trazer para o croqui a síntese visual da ideia. É como se fosse uma espécie moulage no desenho. Dessa forma é possível visualizar a roupa de forma quase realista, antes dela ser produzida em um ateliê.

    Qual você acha que é a melhor parte do seu trabalho? 

    A melhor parte é me reunir com criadores que admiro, como o Daniel Ueda por exemplo, e misturar as ideias e referências até os looks começarem a tomar corpo, surgindo inúmeras possibilidades de cores, formas e texturas. Ou seja, a parte da criação. E depois ver os looks prontos na vida real, claro.

    E a pior?

    A pior é quando aquele look preferido não é aprovado pelo cliente.

    Você falou que a tecnologia mudou sua forma de trabalhar. Como exatamente?

    Eu sempre havia utilizado a forma tradicional de desenho com lápis e papel. E antes tinha que redesenhar todo o croqui no papel caso houvesse alguma alteração, o que acontecia frequentemente. Já com o desenho digital feito no iPad, consigo simular inúmeras combinações de texturas e cores no mesmo croqui. Isso ajuda o cliente final a visualizar o produto com mais realismo antes dele ficar pronto e consequentemente reduz os erros e as provas de roupa.

    E como as mídias sociais mudaram a maneira como você aborda seu trabalho?

    Além de serem uma janela onde outros clientes podem conhecer meu trabalho, as mídias sociais transformaram o croqui em um produto a mais, além do look final.
    As pessoas se interessam pela processo da criação e, muitas vezes, gostam de comparar o projeto inicial com o resultado na vida real.

    Qual seu maior sonho na moda?

    Meu maior sonho é também ter uma carreira internacional, e trabalhar com os profissionais e marcas mais importantes do mundo da moda. E a partir daí, construir conexões, podendo levar a moda brasileira para o mundo.

    E o que você diria para os jovens que querem ingressar nessa profissão?

    Acho importante estudar bastante, ter muita disciplina e empatia para entender as necessidades do cliente e principalmente, se divertir fazendo o que ama.

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