A temporada de inverno 2010 em Milão foi marcada pelo casting de modelos saudáveis da Prada e, principalmente, pelo furdunço causado por Anna Wintour, editora da “Vogue US”: depois de anunciar que só passaria três dias na cidade, as principais grifes do evento bagunçaram o coreto, espremendo o calendário de uma semana para, praticamente, três dias.
A lição foi aprendida: para evitar problemas semelhantes no futuro, marcas importantes da semana de moda italiana (Prada, Giorgio Armani, Fendi, entre outras) emitiram comunicados oficiais à Camera Nazionale Della Moda Italiana dizendo que não aceitarão participar de uma fashion week mais curta. “Não vamos aceitar ter menos do que sete dias de desfiles”, ameaçaram.
A Camera se reuniu com o presidente Mario Boselli e não pensou duas vezes: acatou ao pedido das gigantes, determinando que o calendário para o verão 2011 de Milão terá 7 dias de duração, indo de 22 a 28 de setembro. “O calendário será mais racional e menos estressante”, garantiu a Camera Nazionale.
A ideia principal é criar um tempo de estadia maior para editores, compradores e convidados em Milão. A medida não é por acaso: sabia que uma semana de moda como o São Paulo Fashion Week chega a movimentar R$ 100 milhões em turismo?