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    Roupas Digitais: por que elas são tão importantes em 2020
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    Roupas Digitais: por que elas são tão importantes em 2020
    POR Redação

    Por Mariah Cidral

    Comprar uma jaqueta que não existe no mundo real? Usar um vestido que só existe nas redes sociais? Pode ainda parecer estranho para a maioria, porém já estamos vivendo nessa realidade virtual há muito mais tempo do que imaginamos. A brincadeira de vestir a Barbie em um jogo online ou trocar a roupa do Mario Bros nos anos 2000 se tornou um mercado gigantesco no mundo dos games, e há algum tempo passou a ser difundido no mundo da moda também. As chamadas skins, são roupas utilizadas pelos jogadores para adicionar poder e proteção, por exemplo, e assim como na vida real, as empresas que entenderam esse novo comportamento, estão comercializando produtos para um público vasto e exigente. 

    Em abril deste ano o cantor Travis Scott realizou um show ao vivo dentro do jogo Fortnite e quebrou o recorde de público, ao todo mais de 12 milhões de jogadores/espectadores assistiram a performance. Seu avatar gigante interagia com os jogadores e adivinhe, usava roupas digitais muito bem feitas incluindo um par de tênis gigante da Nike. Outro jogo que chamou a atenção dos designers foi o League of Legends, e ganhou collab com a Louis Vuitton que lançou uma série exclusiva de skins para seus jogadores em 2019. Para o mundo real, Nicolas Ghesquière, diretor artístico da marca para coleções femininas, lançou uma coleção cápsula inédita inspirada no famoso game. 

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    skin louis vuitton para o game League of Legends

    Falando em games, um exemplo famoso, é o caso do Animal Farm. No jogo, os usuários podem organizar encontros com outros jogadores onde cada um vai vestido como quiser e o melhor você pode até adquirir as roupas de seus amigos. Assim como Barbie Ferreira, uma das estrelas de Euphoria da HBO, que usa o jogo para criar looks incríveis com os amigos, usuários do mundo todo também se vestem de forma criativa e até vendem suas criações online – vale checar a lojinha da Nook Street Market que faz uma alusão a famosa multimarcas londrina Dover Street Market. Para os mais fashionistas, o game também conta com nomes renomados como Valentino, Marc Jacobs e Anna Sui que já oferecem looks lindos aos usuários desde o começo do ano. 

    Como você pode ter percebido, as roupas digitais têm intuito de serem usadas exclusivamente online e você deve estar se perguntando como isso funciona hoje em 2020. Bem, diferentemente dos jogos online, onde você cria o seu avatar em tempo real, o processo do uso de roupa digital hoje em dia funciona da seguinte maneira: você entra no site da marca, paga pela roupa e faz o upload de uma foto sua de corpo inteiro. Em 24h a empresa retorna a sua foto com a roupa adicionada para você poder realizar o download e postá-la nas redes sociais, por exemplo. 

    Para muitos a ideia pode parecer surrealista, afinal quem compraria uma roupa para ser usada apenas digitalmente? Porém, com a aceleração do uso de recursos e plataformas digitais, e com o atual impacto ambiental gerado pelas indústrias de fast fashion, roupas digitais podem ser uma ótima alternativa para influenciadores digitais e entusiastas da moda. Desde o surgimento das redes sociais e de influenciadores de moda, a produção da indústria têxtil cresceu 60%, gerando um tremendo impacto no ecossistema. 

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    look digital da The Fabricant Dress. foto: reprodução

    Uma alternativa mais sustentável, já que influencers podem assim postar incessantemente o #OutfitOfTheDay sem poluir tanto e sendo até mais criativos afinal, você pode ser quem quiser online, não podemos esquecer também que as roupas digitais além de não se esgotarem, sempre têm o seu tamanho. Em uma era onde a Realidade Aumentada (AR) abre as portas para novas tecnologias, empresas como a Carlings, que teve recorde de vendas no lançamento da sua primeira coleção digital e a The Fabricant, que foi a primeira no mundo a vender um vestido totalmente digital por quase $ 9.500, conseguem revolucionar o mercado em direção ao digital. 

    Além das empresas que aderiram ao digital, como no caso da Carlings, existem empresas que ja nascem totalmente voltada para o comércio de roupas digitais. A Tribute Brand, por exemplo, é especializada na “moda cibernética sem contato”, e oferece roupas para literalmente qualquer gênero, sexo ou tamanho O coletivo anônimo é formado por membros com experiência anterior em moda, modelagem CGI 3D, design UX e codificação. “Pretendemos melhorar o impacto social do mercado da moda, tornando-o mais acessível e justo, e aspiramos a uma mudança de comportamentos apenas de forma totalmente sustentável” dizem seu seu Instagram.

    Filtros

    Uma outra maneira de aderir ao uso da roupa digital é através de filtros e uma marca que desponta nessa área é a Ralph Lauren que firmou uma parceria de longo prazo com o Snapchat que permite aos usuários vestir seus avatares online. A Gucci também oferece aos usuários do Snapchat a chance de experimentar quatro tênis exclusivos por meio da nova função de Realidade Aumentada do aplicativo, a Lenses. Além disso, marcas de óculos também têm usado essa abordagem de produtos em forma de filtros em plataformas como o Instagram, como é o caso da By Karen Wazen que sempre disponibiliza os lançamentos online para serem usados nos Stories. 

    Na comunicação

    Durante a pandemia do Covid-19, muitas marcas também têm recorrido ao uso de roupas digitais para serem usadas em desfiles digitais como no caso da Hanifa que realizou o desfile sem mesmo as modelos e todos amaram na internet. Esta é uma ótima alternativa para evitar o contato e ainda promover de maneira criativa uma nova coleção, já que os shows ao vivo foram cancelados em muitas partes do mundo. Aliás, no Brasil acontecerá pela primeira vez a BRIFW, que será totalmente digital (veja a programação aqui) e que merece todo o seu apoio. 

    Chegou o momento de rever o conceito de propriedade, como já abordado no artigo sobre o aluguel de roupas, as gerações mais jovens têm se habituado ao uso de serviços e produtos por meio de pagamento mensais. Aliado a isso, temos o forte desejo dos jovens em expressar sua criatividade online e a combinação da vida real com a virtual, que em sua maioria passam muito mais tempo em redes sociais e jogando do que interagindo fisicamente com outras pessoas. O interessante para as marcas e empresas é entender como criar essas experiências de maneira física e digita, o chamado phygital para atrair o consumidor nesses dois universos e se tornar “compartilhável”.

     

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