Os cenários dos desfiles internacionais são extremamente pensados e muito tempo antes do show. Ele não apenas é importante para ajudar a contar a história daquela coleção, mas também serve para encantar e engajar o público e o trazer para perto da marca. Os investimentos são, na maioria das vezes, altíssimos há muitos casos de cenários que são 100% construídos somente para aquela ocasião, como fazem Louis Vuitton e Dior, por exemplo.
Na temporada masculina de Verão 2020, que terminou no final de junho, as marcas fizeram colaborações com artistas, ocuparam prédios icônicos de Paris ou deram nova vida a antigas fábricas abandonadas. Acima e abaixo, 13 momentos da temporada em que os cenários roubaram a cena:
DIOR HOMME / PARIS
Kim Jones convidou o artista americano Daniel Arsham para criar as esculturas de letras de cimento calcificado para o desfile masculino da Dior, que aconteceu no Institut du Monde Arabe / Reprodução Adrien Dirand
LOEWE / PARIS
No desfile da Loewe que aconteceu na Maison de l’Unesco, Jonathan W. Anderson colaborou com a agência Laura Holmes Production para criar uma instalação com nove monitores montados em colunas. Eles exibiam trabalhos da artista britânica indicada ao Prêmio Turner Hilary Lloyd / Reprodução Manuel Braun
LANVIN / PARIS
Na Lanvin, o diretor criativo Bruno Sialelli escolheu a Piscine Pailleron para seu desfile de estreia. A piscina foi construída em 1933 pelo arquiteto Lucien Pollet, que era fascinado por design de piscinas – ela foi restaurada nos anos 2000. A cor azul é importante para a marca e estava presente em diversos tons da locação além da piscina / Reprodução
ACNE STUDIOS / PARIS
O espaço do desfile da Acne dentro da Maison de la Radio, em Paris, foi inspirado por uma paisagem ao ar livre de colinas. Aqui – em colaboração com a agência de produção Eyesight – bancos ondulantes povoaram o espaço minimalista, envolto não em musgo, mas em carpetes texturizados, uma alusão aos materiais usados nas prateleiras das lojas globais da marca / Reprodução
A COLD WALL / LONDRES
A indústria de impressão inspirou o desfile da marca de Samuel Ross. O designer escolheu a Printworks, no sudeste de Londres, como locação. A antiga fábrica de impressão dos jornais Metro e Evening Standard, já foi o maior parque de impressão da Europa Ocidental. Aqui, foi construída uma passarela de 30 metros / Reprodução
ETRO / MILÃO
A marca italiana apresentou seu show dentro de uma garagem industrial em Milão. O espaço foi criado em colaboração com a agência de produção Eyesight, e incorporou o DNA da marca que tem a ver com viagens. Eles criaram um mapa do mundo colorido, feito a partir de grãos coloridos de areia / Reprodução
LUDOVIC DE SAINT SERNIN / PARIS
Para seu terceiro desfile, Ludovic de Saint Sernin escolheu o Centro George Pompidou, que ja recebeu shows de Louis Vuitton e Vetements. Um dos nomes mais promissores de sua geração, Ludovic montou o show em um dos terraços ao ar livre, no quinto andar, um espaço nunca antes usado como locação para desfiles. A piscina rasa do espaço evocou a inspiração “wet-n-wild” por trás da coleção / Reprodução
OFF-WHITE / PARIS
No Carreau du Temple Virgil Abloh fez uma passarela cercada por dois canteiros de flores de cravos brancos, com direito até a um gnomo de jardim / Reprodução
THOM BROWNE / PARIS
O desfile aconteceu na École Nationale Supérieure des Beaux-Arts, que foi transformado em um clube de campo de Versailles. As cadeiras estavam cobertas por lençóis brancos e uma fonte vazia preenchida por bolas de basquete vermelhas e azuis faziam alusão às tradições esportivas americanas / Reprodução
ZEGNA / MILÃO
O diretor criativo Alessandro Sartori montou a passarela embaixo da fachada industrial da Area Falck, que já foi sede de uma das empresas siderúrgicas mais antigas da Itália. Ao longo do tempo, o espaço tornou-se um deserto devastado , mas após receber o mundo da moda, em breve será transformado em um centro de saúde e ciência, com projeto concebido por Renzo Piano / Reprodução
LOUIS VUITTON / PARIS
Virgil Abloh fez o desfile masculino da marca na rua, na Place Dauphine. Os convidados ficavam pelas ruas de paralelepípedos, sentavam-se em bancos e cadeiras de jardim com o logo LV em verde floresta. Um castelo inflável também foi posicionado no meio da cena para os convidados pularem e tirarem fotos / Reprodução
RICK OWENS / PARIS
No Palais de Tokyo, Owens usou a fonte drenada ao ar livre e instalou um fio de bronze preto do artista britânico Thomas Houseago. O artista também permitiu que Owens usasse uma imagem de uma de suas esculturas de parede como arte de convite da marca / Reprodução