Terminada a temporada Verão 2015 prêt-à-porter — que passou por Nova York, Londres, Milão e Paris – abrimos nossos corações e fizemos uma lista dos 15 desfiles que mais amamos. Veja a lista e clique nos links para ver a coleção completa.
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Altuzarra: os desfiles de Altuzarra sempre têm um quê de sensual, mas neste ele conseguiu misturar pureza e provocação como ninguém — e atiçar nossos desejos mais consumistas. Mesmo olhando para o passado (uma das inspirações de Joseph Altuzarra foi o filme “O Bebê de Rosemary”), o estilista fez uma coleção moderna, fresca e sexy. E ele ainda fechou com chave de ouro com uma série de vestidos longos que conseguiam ser ao mesmo tempo fabulosos, elegantes e casuais.
Bottega Veneta: o estilista Tomas Maier propõe roupas fáceis de usar, e traz o conforto do sportswear para o mundo da Bottega Veneta. Mas aqui se trata de um tipo de sportswear bem específico: as roupas usadas por bailarinas. O resultado é uma coleção confortável e elegante, atualizando a silhueta e os materiais usados pela grife.
Burberry: um desfile muito além do trench coat, em que o ponto alto foi a combinação divertida de jeans, paetês, tecidos fluídos e tênis. Isso tudo em uma cartela de cores otimista pra deixar o verão inglês (e do mundo) mais alegre.
Chloé: foi folclórico, artesanal, sexy e bem anos 1970. E o grande mérito de Clare Waight Keller, diretora criativa da Chloé, foi colocar tudo isso junto sem cair no hippie descarado. Como? Com uma mulher linda, de pele e cabelos bem cuidados, e uma atitude moderna.
Christophe Lemaire: esta foi a última temporada em que o estilista se dividiu entre sua grife homônima e a Hermès. Agora, ele passa a se concentrar em seus negócios, e isso já ficou claro neste desfile, que veio com força renovada. A silhueta ampla e a sobreposição de peças em looks monocromáticos fizeram brilhar os olhos de quem gosta de ser normcore sem cair no monótono e sem deixar de lado a elegância.
Dries Van Noten: pense num fim de semana bom, com temperatura ideal para ficar no sol que combina perfeitamente com a brisa. E nesse fim de semana é impossível ficar em casa, e você precisa sair para uma rápida viagem por uma paisagem bucólica ou um piquenique no parque. Foi essa aura que Dries Van Noten criou para apresentar roupas milimetricamente pensadas para um domingo perto da natureza — com muito glamour. A paleta passava por todos os tons do pôr do sol em combinações de estampas que estavam em tecidos luxuosos, prontos para serem usados no próximo casamento no campo ou na praia. Quer algo mais atual e desejável?
Givenchy: esta coleção marca um retorno de Riccardo Tisci às origens de seu trabalho com a Givenchy, quando criava coleções fortes e provocadoras, quase sempre com uma estética gótica. Desta vez, ele olha para mulheres guerreiras, gladiadoras supersexy, além de se inspirar em roupas folclóricas da Áustria. O resultado são peças ultraelaboradas, com detalhes dignos de Alta-Costura e um mix de sexo e romance que vai elevar as temperaturas do verão.
Gucci: a marca italiana volta à forma após algumas temporadas sem chamar muita atenção. A coleção tem o clima 70’s que marcou a temporada, e Frida Giannini, diretora criativa da grife, fez o que sabe melhor: pegou referências antigas e deu um toque contemporâneo e glamouroso. É uma coleção luxuosa, já que conta com a melhor matéria-prima disponível, mas zero fashion ostentação. E ainda tem o trabalho de patchwork mais bonito da temporada.
Maison Martin Margiela: desde 2009, quando Martin Margiela deixou a grife, o minimalismo conceitual da casa assumiu uma faceta mais comercial nas mãos de um time de criação. E comercial aqui necessariamente é demérito. Estava tudo lá: assimetrias, sobreposições, amarrações, um toque retrô, e até uma certa reverência a Margiela com o uso do nude. Tudo muito usável, para colocar no armário já. Atenção para as peças em risca de giz com amarrações e as ótimas estampas 70’s.
Marc by Marc Jacobs: a segunda coleção de Luella Bartley e Katie Hillier para a marca mostra que elas estão no caminho certo na comunicação com os jovens antenados. Desta vez, a dupla olha para a cena rave, da qual fizeram parte em Londres: a sensação de comunidade e a liberdade na hora de se vestir, com um cabelo inspirado no que a cantora Björk usava nos anos 1990. São roupas para vestir a nova geração, das ruas às festas, com identidade e informação.
Marni: os 20 anos da grife não foram comemorados com uma restrospectiva, mas com uma junção entre o passado e o futuro. Havia estampas históricas da Marni na passarela, mas a marca não quis ficar presa no tempo, e apresentou uma nova silhueta, acompanhada de uma combinação do experimental, do gráfico e do feminino.
Paco Rabanne: Julien Dossena acertou em cheio na hora de atualizar o DNA da marca, sem ficar preso ao passado e sem se limitar a redesenhar ícones da grife. Colocou construções complicadas na passarela, mas a pegada esportiva que definiu a coleção fez com que tudo fosse extremamente jovem e atual. O estilista vem definindo um novo caminho para a marca em uma era de revivals de casas clássicas que muitas vezes não são bem sucedidos.
Proenza Schouler: Jack McCollough e Lazaro Hernandez disseram que fizeram a versão deles do sportswear americano, mas a verdade é que eles estão modelando o estilo nova-iorquino contemporâneo com suas peças estruturadas. E isso sem perder de vista um lado mais comercial, vide que o desfile teve tecido telado, franjas e vestidos brancos, os maiores hits da estação.
Stella McCartney: a estilista tem o dom do “effortless chic”: essa coleção traz uma série de peças descomplicadas, mas com um trabalho forte de corte e formas, mais soltas e confortáveis. Uma bem equilibrada combinação de design, cor e frescor, que pode ir direto da passarela para as araras.
Valentino: a vida é sonho mais uma vez no desfile da Valentino. Os estilistas Maria Grazia Chiuri e Pierpaolo Piccioli criaram uma coleção romântica, poética e linda que se divide em momentos de despojamento e do mais alto luxo, com vestidos que fazem qualquer noiva feliz. O que são as estampas? E a série dos tons pastel? A moda em sua forma mais vibrante.