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    Do escaneamento 3D ao corte a laser, conheça a tecnologia por trás do uniforme da seleção
    Divulgação
    Do escaneamento 3D ao corte a laser, conheça a tecnologia por trás do uniforme da seleção
    POR Augusto Mariotti

    Nova camiseta da seleção brasileira ©Divulgação

    Para compensar o “peso” que é vestir a camiseta da seleção brasileira de futebol, o uniforme que os jogadores usarão na Copa 2014 será 16% mais leve do que o anterior. Além disso, o uso de tecnologia na confecção da farda permitiu aliar desempenho atlético e menor impacto ambiental. A Nike, empresa responsável pelo traje há quase 20 anos, apresentou a nova versão no domingo (24.11).

    O trabalho começou com o uso de uma tecnologia 3D para escanear o corpo de alguns jogadores. Com base nas características físicas gerais, foi feita a modelagem, o que permitiu um melhor caimento. A camiseta foi toda confeccionada em Dri-Fit, que extrai o suor para fora do tecido. A temperatura de diferentes áreas do corpo também foi medida, e foram colocadas zonas de ventilação (pequenos furos cortados a laser) nas partes que mais esquentam durante o exercício. Também foram identificadas as regiões do corpo com maior nível de tensão durante os jogos. Por isso, as áreas do peito, ombro e das pernas ganharam mais resistência e elasticidade para amplificar mobilidade e conforto.

    A gola polo verde deu lugar à gola em Y. “Quando conversamos com os jogadores, uma das questões principais era o desejo de manter a gola aberta”, disse Martin Lotti, diretor criativo da Nike Futebol. “O design final elimina exageros e reproduz um estilo simples e despojado, características da forma como o brasileiro gosta de se vestir”, acrescentou. Também foram feitas mudanças nas mangas, com punhos verdes mais finos.

    O emblema está maior e recebeu uma costura em ouro metálico, que confere um efeito cintilante. Foi retirada a inscrição “Brasil” na parte inferior do escudo, ratificando a condição de camisa mais conhecida do mundo. Dentro dela, surge a inscrição “Nascido para jogar futebol”, presente desde 2010. Na parte interna da gola ainda há uma arte de autoria do designer carioca Bruno Big.

    O calção é o clássico azul royal, com faixas brancas verticais em cada lado. O corte resulta em uma peça simples e mais justa, com melhor caimento. Zonas de ventilação cortadas a laser na parte de trás ajudam a controlar o calor e a facilitar o movimento dos atletas. As meias, brancas, têm ajuste específico para o futebol. Zonas de amortecimento no dedão e tornozelo protegem os pontos onde ocorrem os maiores impactos, enquanto o suporte em arco previne que o jogador escorregue. No calcanhar e parte superior, camadas flexíveis evitam enrugamento.

    A fonte usada para grafar os nomes dos atletas e os números das camisas foi inspirada em placas e de pôsteres de rua. E até mesmo o tecido dessas aplicações possui pequeninos furos para ajudar na ventilação, além de uma versão mini do símbolo da CBF e linhas externas fluorescentes para melhor visibilidade.

    A redução do impacto ambiental se dá com o uso de material reaproveitado: para cada uniforme, são recicladas 18 garrafas plásticas. Os shorts contam com 100% de poliéster reciclado, enquanto o tecido da camisa tem 96% do mesmo material e 4% de algodão orgânico. As meias foram confeccionadas com 78% de poliéster reciclado.

    O uniforme foi inteiramente produzido no Brasil. A camisa está disponível para pré-venda em nike.com e chega às lojas a partir de 4 de dezembro, em duas versões: uma idêntica a dos jogadores, ao preço sugerido de R$ 329,90, e uma para torcedores, com preço sugerido de R$ 229,90.

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