Bolsas da Gucci e da Guess, respectivamente ©Reprodução
Desde 2009, a Gucci processa a Guess. Primeiro nos Estados Unidos, depois na Itália e, logo em seguida, na França e na China. Apesar de ter obtido uma decisão favorável, em 2012, em Nova York, agora a marca dirigida criativamente por Frida Gianinni precisou apelar em Milão, segundo o “WWD”.
A Gucci, que acusa a Guess de copiar suas logomarcas, como a estampa em que a letra G aparece interconectada ou as listras vermelha e verde sobrepostas, afirmou que “a apelação é uma medida necessária para proteger” seus símbolos e, mais amplamente, “os valores de criatividade e inovação” dos produtos “Made in Italy”. Segundo comunicado liberado para a imprensa, a Gucci disse que tentou entrar em acordo com a Guess, mas, por várias vezes, não houve consenso.
Já Paul Marciano, CEO da Guess, respondeu: “Em minha opinião, a batalha de três anos em Nova York e de quatro em Milão foi resultado de um litígio massivo e desnecessário que poderia ter sido resolvido facilmente por uma simples ligação telefônica, o que a Gucci nunca fez”.
Ao contrário da decisão da corte federal de Manhattan, que rendeu à Gucci US$ 4,7 milhões (R$ 10,1 milhões) em danos, a justiça de Milão atestou não haver relação entre as logomarcas da italiana, fundada em 1921, e da Guess, criada em 1981 em Los Angeles. Após revisão pedida pela Gucci em maio, o veredito anterior foi mantido e o registro de três símbolos patenteados pela Gucci na Itália foi cancelado.
Marciano, que esteve recentemente em Florença, comentou que está confiante nos fatos, que os “executivos da Gucci nos Estados Unidos enganaram a corte” e que espera o resultado final da disputa, inclusive na justiça francesa e chinesa.