Perfil da Burberry no Pinterest ©Reprodução
A internet transformou a maneira como vivemos, como nos comunicamos, como enxergamos nós mesmos e o que está à nossa volta. Ela mudou também a forma como consumimos: de alimentos a roupas, de automóveis a eletrônicos, tudo está disponível a partir de um clique. A comodidade de comprar na rede, tão tentadora quanto a sua variedade de ofertas, criou um filão comercial imenso, no qual plataformas multifuncionais já competem até com tradicionais e-commerces.
O bureau de tendências Stylesight aponta que, ao integrar ferramentas até então distantes, tais novas plataformas, sejam elas estruturadas como sites ou aplicativos para celular, possibilitam a seus usuários experiências que vão além do mero consumo. Já para as marcas, trata-se de uma oportunidade sem igual de capitalizar e de estreitar os “laços” com seu público-alvo, tornando-se ainda mais querida e, principalmente, desejada.
À parte o já popular Pinterest, que hoje gera mais acessos a sites de determinadas marcas que seus respectivos Twitter, YouTube ou LindkedIn, o Stylesight apresenta outras plataformas que estão transformando o consumo na internet. Selecionamos seis delas: Fancy, Lyst, The Cools, AHALife, Discoveredd e Polyvore.
FANCY
Perfil da marca Alexander McQueen no Fancy ©Reprodução
Já havíamos falado do Fancy em agosto de 2012, mas o site ainda é relativamente pouco conhecido no Brasil. Bem semelhante ao Pinterest, ele, no entanto, permite que seus usuários criem listas de produtos pelos quais se interessam e, lá mesmo, os comprem.
Em sua área institucional, o Fancy é descrito como “parte loja, blog, revista e wish list”. Também disponível como aplicativo para celulares e tablets, a plataforma arrecadou US$ 26 milhões (R$ 52 milhões) de investidores como François-Henri Pinault, CEO da holding Kering (PPR).
LYST
O Stylesight descreve o Lyst como uma versão fashion do Twitter, pois nele o usuário pode seguir suas marcas, multimarcas, stylists e blogueiros preferidos. O site oferece ainda um serviço de busca no qual é possível encontrar itens com determinadas características, agregá-los em um único mural e então comprá-los.
Em 2012, o Lyst cresceu 100% e, segundo o Stylesight, lucra cerca de US$ 1 milhão (R$ 2 milhões) por mês, além de ter 10 vezes mais seguidores que o Fancy.
THE COOLS
Página de abertura do The Cools ©Reprodução
Antes de 2013, o The Cools não era aberto ao público, mas, este ano, foi reinaugurado e seu acesso agora é livre, inclusive para jovens marcas que não possuem sua própria loja, real ou virtual. Ao inscrever-se no site, é preciso responder perguntas e, já cadastrado, o usuário recebe sugestões de produtos que se encaixam com o seu perfil.
Em cada compra, o The Cools fica com pouco mais de 20% do valor do produto, mas o Stylesight aponta que tal taxa é baixa se comparada ao que é cobrado na maioria das lojas “tradicionais”.
AHALIFE
Página de abertura do AHALife ©Reprodução
O AHALife oferece uma sugestão de produto por dia aos seus usuários; tal sugestão é apresentada por e-mail como uma newsletter. De acordo com o Stylesight, o foco do site é contar a história por trás do item escolhido, que pode ser de beleza, moda ou até decoração.
Há pouco tempo, o AHALife levantou US$ 10 milhões (R$ 20 milhões) em investimentos no mercado asiático.
DISCOVEREDD
Seção “Spotlight” do Discoveredd ©Reprodução
“Pinterest encontra Net-A-Porter”. É assim que o Stylesight descreve o Discoveredd, que, segundo o bureau de tendências, foi desenvolvido para oferecer a seus usuários o que há de melhor em termos de curadoria e tecnologia. A seção mais famosa do site chama-se Spotlight, em que influenciadoras de estilo, como a estilista Mary Katrantzou, a modelo Laura Bailey e a socialite Poppy Delevingne, compartilham suas inspirações e seus 10 últimos “achados”.
POLYVORE
O Polyvore já é relativamente conhecido no Brasil, ao menos por quem acompanha os blogs de moda nacionais. A plataforma recebe cerca de 20 milhões de visitas únicas por mês e permite que seus usuários, além de comprar produtos, mostrem seus gostos e criem seus próprios “editoriais” com itens de quaisquer lojas virtuais.
De acordo com o Stylesight, o Polyvore recentemente conseguiu fechar suas contas com saldo positivo e até lançou seu próprio aplicativo para iPhone no fim do ano passado. Os planos do site incluem para breve a criação de um aplicativo para tablets, bem como expandir-se para oferecer produtos de decoração para casa.