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    豪華. Não entendeu? Se quiser trabalhar com moda, aprenda mandarim
    豪華. Não entendeu? Se quiser trabalhar com moda, aprenda mandarim
    POR Redação

    A chinesa Xiao Wen Ju para o Pre-Fall 2012 da Louis Vuitton ©Reprodução

    Quase ¼ do mundo fala mandarim, língua oficial de China, Taiwan, Hong Kong e de parte de Singapura. Em termos financeiros, a população compreendida na porcentagem acima representa não apenas um grande mercado em potencial, mas, efetivamente, o mais emergente deles. Para conquistar esse público, distinto por questões que vão muito além do idioma, não basta abrir megalojas ou oferecer festas de gala: é preciso entender os fundamentos de sua sociedade.

    A contratação de Alexander Wang para a direção criativa da Balenciaga, o fortalecimento das marcas de Jason Wu, Phillip Lim e Derek Lam, bem como a ascensão das modelos Liu Wen, Sui He e Fei Fei Sun, explicitam o interesse ocidental pela terra prometida do século 21, a China. De forma menos notória, no entanto, em ambiente corporativo as empresas têm incentivado – e até exigido – que seus funcionários frequentem cursos de mandarim.

    O único “empecilho” para a estratégia de aproximação adotada por algumas companhias é que, infelizmente, o idioma corrente na China não é tão fácil de ser aprendido. De acordo com um relatório veiculado recentemente pela Burberry, a marca britânica dobrou o número de seus funcionários da área de varejo que falam a língua e, seja em consequência seja por coincidência, viu suas vendas crescerem 15% na Ásia e na região do Pacífico.

    Li Bingbing em campanha da Gucci, produzida para o mercado chinês ©Reprodução

    A Gucci, por exemplo, possui mais de 20 pontos de venda apenas em Pequim, mas Frida Giannini, que não é boba, produziu uma campanha específica para a China, estrelada pela atriz local Li Bingbing. Em uma matéria recente, o Fashionista cita uma funcionária da Chanel que, em conversa com o site, revelou que a marca francesa solicitou que ela, assim como outros associados, frequentasse um curso de cinco horas diárias de mandarim. As aulas também incluíam, segundo a fonte do “Fashionista”, noções básicas sobre a cultura e a história chinesas.

    “Tem acontecido nos últimos anos. […] Tenho conversado com a gerência de diferentes lojas e, seja Louis Vuitton ou Gucci, as companhias de luxo estão contratando mais funcionários do varejo que falam mandarim, especialmente na Europa e nos Estados Unidos”, comentou David Wu, analista da Tensey Advisory Group, de Nova York. O “fenômeno” acontece porque os chineses com relativo poder aquisitivo viajam e consomem bastante, já que em seu país de origem a carga tributária é mais pesada, assim como acontece no Brasil.

    A chinesa Liu Wen nas campanhas da ck Calvin Klein e Diesel ©Reprodução

    Por isto, se o mercado de bens de luxo seguir tal lógica, vai ser necessário que sejam ministrados também cursos de russo e português, já que a Rússia possui o maior número de bilionários do mundo e o Brasil “é o país do futuro” e a sétima economia do mundo. Aprender novos idiomas é extremamente positivo, assim como conhecer outras culturas, mas se o admirável mundo de hoje é de fato globalizado, os chineses também devem assimilar as línguas mais faladas nos ¾ restantes do globo, certo?

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