Por Paula Rita Saady, em Paris
Looks do desfile da Lanvin Verão 2013 ©ImaxTREE
O terceiro dia da semana de moda de Paris foi marcado pelo romantismo e por uma boa dose de drama. Assim como vimos no desfile da Carven, o estilista Peter Copping, da Nina Ricci, também apostou no romantismo, inspirado em um poema de Charles Baudelaire. Vestidos com franjas assimétricas em pink e em tons pastel, com destaque para o lavanda, bem estilo anos 20, marcaram a coleção. Interessante também o mix de peças com zíper em sobreposição com tailleurs ladylike em um tecido holográfico que lembra o tweed.
Mas o destaque do dia vai para a Lanvin, que como sempre, fez uma apresentação em grande estilo. Ao som de uma trilha inusitada que mixava Pixies, sons futuristas dos anos 80, rock espanhol e um momento “Ne me quitte pàs”, Alber Elbaz mostrou variações do tuxedo, que iam ficando cada vez mais sexy e femininos até se tornar um vestido. Como se a cada look, o masculino fosse invadido pelo feminino, e revelando cada vez mais pele até ficar nua, não literalmente, mas com uma estampa de corpo feminino. “É uma coleção sobre a pureza e a precisão, e não o minimalismo”, Alber disse na coletiva de imprensa no backstage. “Eu comecei com os clássicos, para depois abstraí-los. O classicismo é como aperfeiçoar um quadrado e tudo nessa coleção é um quadrado”, acrescentou.
A precisão nos cortes, os decotes afiados e a pureza nas moulages delicadas resultaram em clássicos eternos que o FFW vai ver pela segunda vez, bem de pertinho, no showroom da marca (e claro que contaremos tudo em seguida!).
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