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    “Estamos ansiosos por uma grande expansão”, diz CEO da Kate Spade
    “Estamos ansiosos por uma grande expansão”, diz CEO da Kate Spade
    POR Redação

    abre-kate-spade-pop-up-store-shopping-iguatemi-sao-pauloTudo pink: modelos posam em frente à pop up store Kate Spade ©Rodrigo Zorzi/Divulgação

    Quem chega ao shopping Iguatemi em São Paulo e desce a grande rampa que desemboca no piso térreo imediatamente dá de cara com a nova loja pop-up da Kate Spade, inaugurada na quinta-feira (15.09). Mas, independentemente da localização privilegiada, o novo espaço da marca nova-iorquina não poderia passar despercebido nem se ele quisesse: com o conceito de ter uma cor temática por mês até o dia 15 de janeiro de 2012, quando ela será desmontada, a loja é um ambiente branco, amplo e iluminado, e inteirinho salpicado de pink, da decoração até a seleção de roupas e acessórios.

    Em meio a essa overdose de fofura, o FFW conversou com o CEO da Kate Spade, Craig Leavitt, que falou sobre o DNA da marca, a nova pop-up, a loja na rua Bela Cintra e os planos de expansão pelo país. E ele se mostrou otimista: “Estamos muito animados e felizes pela indústria brasileira; acredito que temos algo de novo a acrescentar ao mercado e estamos confiantes e ansiosos por uma grande expansão por aqui”. Confira a entrevista completa:

    loja-pop-up-kate-spade-shopping-iguatemi-sao-pauloA Kate Spade tem um público fiel, e parece ter a figura de sua consumidora muito bem delineada; quem seria a “garota Kate Spade”?

    Nós temos uma noção muito clara de quem ela é, e achamos que ela é muito consistente com a consumidora brasileira em geral, porque ela ama cor, é muito espirituosa, gosta de ser o centro das atenções, de ter pessoas que querem saber o que ela está fazendo, o que a interessa, que arte e filmes ela gosta; e ela tem um forte senso de estilo pessoal, e uma abordagem muito individual quanto ao jeito que ela se veste. Essa é a nossa garota, e nós acreditamos que as brasileiras também são assim. É por isso que estamos tão satisfeitos com os resultados que tivemos até agora, e estamos confiantes da nossa vontade de ampliar nossos negócios por aqui.

    Ainda falando sobre estilo, ao contrário de outras marcas que há anos vinculam suas imagens a celebridades, só agora a Kate Spade começou a usar pessoas famosas em seus anúncios. Isso foi uma decisão consciente?

    O nosso trabalho com a Bryce Dallas Howard tem sido fantástico, e temos tido um ótimo retorno sobre os produtos que ela anuncia; mas não sentimos a necessidade de fazer campanhas com celebridades. Tudo aconteceu muito naturalmente com a Bryce, mas nós sentimos que temos uma consumidora muito confiante em seu próprio estilo, e que não está procurando por um estilo “mastigado” – quando ela vai às nossas lojas, ela não vai comprar um look exatamente como está no manequim. Nós queremos inspirá-la a incorporar nosso produto em seu guarda-roupa, até porque nossa consumidora não compra somente conosco; ela pode ter também uma linda peça da Chanel, ou da Prada, e também pode ter coisas da Zara, da H&M, e ela mistura tudo isso. Essa é a abordagem dela em relação a moda, e no fim das contas, ela fica ótima, e fica com uma cara própria.

    Falando em Zara e H&M, hoje em dia muitas grifes estão fazendo parcerias com grandes redes de fast-fashion; qual o posicionamento da Kate Spade?

    Nós certamente não temos nada contra! E respeitamos as grifes que já fizeram isso, porque acreditamos que a consumidora não compra mais de uma maneira segmentada – ela não compra apenas luxo, ou apenas luxo acessível, que é onde estamos, ou apenas peças acessíveis. Ela compra de tudo, por isso acreditamos que esse tipo de colaboração é saudável para a indústria da moda.

    produtos-kate-spade-pop-up-shopping-iguatemiAlguns produtos selecionados para o mês rosa da pop up store Kate Spade ©Rodrigo Zorzi/Divulgação

    Mais cedo, você falou sobre as semelhanças da Kate Spade com o público brasileiro. Mas ao mesmo tempo, a marca tem uma identidade nova-iorquina muito forte. Agora que já vimos as similaridades, quais são as principais diferenças?

    Nós temos muito orgulho de nossas raízes serem de NY, mas também sentimos com muita força que a nossa marca é globalmente aceita. E apesar de termos nascido em NY, temos negócios fora de lá há muito tempo; nós nos tornamos uma grife internacional muito cedo na nossa história. A marca tem cerca de 18 anos, e temos negócios fora de NY há 14. Temos uma relação comercial longa e muito significativa com a Ásia, particularmente com o Japão, e agora é muito natural a nossa expansão para lugares como a América Latina, a Europa e, em breve, o Oriente Médio. Então ao mesmo tempo em que há certas diferenças nesses mercados – e nós respeitamos essas diferenças -, nós também achamos que a questão central é a aspiração e a estética da marca. Então aquela mulher divertida e espirituosa que se sente atraída por certas coisas em NY tem uma prima aqui no Brasil ou em Tóquio ou em Londres que sente a mesma coisa, e ela é confiante, e gosta de cores, de extravagância e sagacidade; esse é um ponto comum, e a mensagem que nós vemos globalmente.detalhe-bolsas-pop-up-store-kate-spade

    Por falar em mercados internacionais, é possível notar as diferenças na preferência de compra de cada região?

    Sim, temos observados coisas interessantes. Como você deve saber, nossas raízes vêm da fabricação de bolsas e pequenos artigos de couro. Uma das coisas que a diretora criativa Deborah Lloyd e eu temos trabalhado desde que assumimos nossos cargos há três ou quatro anos é a construção de uma marca global de lifestyle. Então desenvolvemos coisas como o vestuário, joias, perfumes, e há mais por vir, para realmente construir uma marca de lifestyle. E o que nós notamos quando viemos para cá é que, apesar de ela ser nova por aqui, ela é aceita em todas as diferentes categorias de produtos. Na verdade, a categoria que está saindo melhor no Brasil é a de vestuário, que é uma das nossas mais recentes, ultrapassando um pouco até a seção de bolsas e artigos de couro. Em lugares como o Japão, onde temos negócios há 14 anos, o vestuário é novo e tem uma inserção de mercado muito menor do que a de bolsas – o que está mudando aos poucos, a cada mês. Como lá estamos estabelecidos como uma companhia de bolsas, essa mudança tem sido lenta, mas estamos animados pela maneira como a marca, como representante de lifestyle, está sendo recebida em novos mercados como o Brasil.

    É interessante esse foco na palavra lifestyle, porque pode-se notar o esforço em trazer um pacote completo de estilo da marca, como com a nova pop-up store.

    Obrigado, isso é realmente importante para nós, e é por isso que quisemos abrir uma loja-conceito aqui. Nós poderíamos ter feito uma loja tradicional, comercial, e jogar os nossos best-sellers e fazer muito dinheiro muito rápido, mas não é essa a nossa vontade. O que queremos é agregar informação à flagship que abrimos há 11 meses, e comunicar o conceito da nossa marca e da nossa garota de uma maneira muito clara. Então isso vai funcionar tanto como uma estratégica de marketing como quanto uma oportunidade comercial. E vamos realmente comunicar a mensagem da marca e o nosso tema anual [em 2011, o tema da Kate Spade são as cores] de forma clara e simples, e é isso que queremos atingir com este espaço.

    carteiras-kate-spade-pop-up-store-iguatemiCarteiras à venda na pop up store Kate Spade ©Rodrigo Zorzi/Divulgação

    A ausência da Kate Spade nas semanas de moda também tem a ver com essa estratégia de marketing?

    Acho que isso é algo que poderemos considerar no futuro, mas nós temos um ponto de vista muito claro que acredito que podemos comunicar no ambiente de nossas lojas e de nossas multi-marcas, e não sentimos a necessidade de fazer desfiles; acho que conseguimos nos comunicar com nossa consumidora de outras formas.

    E falando em lojas, há planos de expansão para o Brasil?

    Sim, nossa próxima loja vai abrir em abril no novo Shopping JK, e logo depois desta entrevista eu vou fazer um tour pela cidade para procurar novas potenciais locações, onde esperamos abrir um novo espaço no segundo semestre de 2012; e também estamos pesquisando outras cidades pelo Brasil. E depois de abrir essas lojas e ter aprendido bastante, também vamos explorar outros mercados na América Latina, usando o Brasil como base – o país, por causa da força de sua economia e mercado, foi um ótimo ponto de partida na América Latina, e por isso está servindo como nossa base.

    bolsa-caipirinha-kate-spade-pop-up-sao-pauloAs coleções têm lançamento simultâneo no Brasil e em NY?

    Não completamente; por causa das estações inversas, muito elementos atrasam um pouco, uma estação após a temporada de NY; mas há um grupo editado de coisas menos presas a elementos, cores e estampas da estação que nós conseguimos enviar ao mesmo tempo. Para o futuro, o que queremos fazer para garantir produtos frescos e relevantes é criar coleções cápsulas que dêem conta da sazonalidade inversa.

    Um dos produtos disponíveis aqui na pop-up é a bolsa Caipirinha [de um lado, está escrito “caipirinha”; do outro, está escrito “manhatan”. Nas faces interiores da bolsa, vem a receita dos dois drinks]; a marca sempre desenvolve artigos específicos para cada país?

    Sim, porque apesar de querermos ter um ponto de vista global consistente, também reconhecemos as nuances de cada mercado, e queremos abraçar isso. E percebemos que esse tipo de peça curiosa é algo que realmente repercute com o cliente. Um dos nossos best-sellers até o momento foi uma bolsa no formato de um jornal enrolado – nós chamamos esses artigos de “quebra-gelo”, porque como eu disse anteriormente, nossa garota adora ser o centro das atenções e essas peças são ótimas formas de começar uma conversa. Essa bolsa-jornal esgotou por aqui em três dias. Então esse elemento de curiosidade, que representa o espírito da marca, tem sido muito bem sucedido para nós. E a bolsa caipirinha é mais um exemplo disso.

    Pop up store Kate Spade @ Shopping Iguatemi
    Av. Brigadeiro Faria Lima, 2232, Jardim Paulistano
    São Paulo – SP

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