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    Perdeu o masculino de Milão? Contamos quais foram nossas coleções favoritas
    Perdeu o masculino de Milão? Contamos quais foram nossas coleções favoritas
    POR Redação

    A semana de moda masculina de Milão terminou na última terça-feira (18/01)  sem deixar grandes marcas. Confusas com o turbilhão de informações que assola a mente do consumidor nesse pós-recessão, grifes focaram-se em peças simples com modelagens descomplicadas. De olho no consumidor de fato e não em arquétipos masculinos que dificilmente encontrariam seu modelo real, deixaram as inovações de lado e debrussando-se sobre questões como qualidade e herança.

    Elementos comuns foram um certo senso de conforto, com peças em modelagens amplas e tecidos com qualidade no toque; um flerte constante com um mundo dos esportes, tendo as “track suits” (calças com ajuste elástico no tornozelo) como item favorita; e novamente uma enorme atenção as cores vibrantes em contraposição aos eternos neutros. Mas qualquer conexão maior entre as grifes nesse sentido poderia parecer forçoso e sem qualquer fundamento de fato. Sendo assim, listamos abaixo nossas coleções favoritas.

    MILANO© Romeu Silveira

    Umit Benan

    O estilista turco vem se mostrando um dos hot tickets da temporada masculina. Dessa vez fez a apresentação mais bem comentada da fase milanesa do circutio fashion, mostrando uma visão bem peculiar sobre o universo e uniforme dos banqueiros de Wall Street _tema recorrente nesta estação. Com Patrick Bateman (o Psicopata Americano) em mente pensou num homem obsecado por si mesmo, e daí criou ternos que traziam blazeres de ombros marcado à la anos 1980, calças com um ótimo gancho mais baixo e camisas com caudas ou mangas amplas. Alterações pontuais e discretas sobre clássicos, porém feitas com inteligência e originalidade, são pontos que só somam em sua promissora carreira.

    Marni

    Sem dúvida uma das melhores coleções masculinas que a Marni já apresentou. Inspirada nas roupas de operários, trouxe tecidos de aparência pesada, imprimindo uma proporção super desejável _calças mais curtas, com cintura super alta + blazeres e casacos curtos. As estampas são o meio pelo qual as cores se fazem presentes, quebrando a neutralidade que domina a coleção. Interessante o modo como a estilista Consuelo Castiglioni conseguiu dar leveza e contornos atuais à referências e imagens tão pesadas.

    Prada

    Sem aquele efeito de choque e sem toda a perversão e sexualidade de coleções passadas, Miuccia Prada apresentou um inverno que brincava com proporções um tanto esquisitinhas bem ao gosto da marca. Casacos e blazers de proporções aumentadas ao extremo, com maxi ombros e mangas que só deixavam as pontinhas dos dedos de fora, sobrepunham-se a pulls de lurex, as vezes com padrões art decó e calças estranhamentes curtas, terminando logo abaixo do joelho com meia 3/4 logo em seguida. É esse híbrido de alfaiataria com esporte que fica como principal destaque na coleção.

    Alexander McQueen

    O primeiro masculino inteiramente com a mão de Sarah Burton não decepcionou. Bem pelo contrário, falou de traços essenciais da grife como a paixão pelo estilo inglês, aqui traduzido desde veste militares da Era Napoleônica, até um certo dandismo meio Oscar Wilde. Mostrou uma grande sensibilidade ao trabalhar todo repertório histórico tão importante para McQueen, sem perder o foco na atualidade. No meio disso tudo conseguiu ainda imprimir seu estilo mais suave e menos agressivo _daí a ausência daquele estranhamento e as vezes repulsa que acompanhavam as apresentações do estilista falecido ano passado. Uma das melhores sacadas são as aberturas nos ombros dos blazeres _cheio de significados escondidos_, a alfaiataria impecável, bem nos moldes tradicionais, e os bons flertes com o sportswear, como nas boas calças com ajustes no tornozelo.

    Neil Barret

    O estilista vem ganhando bastante destaque nas últimas estações e para o inverno 2011 apresentou uma das melhores coleções da temporada. Sua apresentação começa com um contraponto entre casacos afastados do corpo e leggings quase futurista, mas logo caminha por um caminho responsável por dar fresco a seu repertório. Olhando para o passado militar de seu pai e avô, aumenta o volume de suas peças, dando força a golas revestidas por pela de ovelha e prendendo as calças _agora numa vibe meio utilitária_ por dentro de botas tipo coturno.

    + Veja todos os desfiles aqui.

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