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    “Não me interessa julgar”, diz novo diretor criativo da Redley
    “Não me interessa julgar”, diz novo diretor criativo da Redley
    POR Redação

    sandy-dalal-é-o-novo-diretor-criativo-da-redleySandy Dalal no backstage do desfile da Redley no Fashion Rio inverno 2011 ©Juliana Knobel

    Novo diretor criativo da Redley, o nova-iorquino descendente de indianos Sandy Dalal é praticamente desconhecido no Brasil, mas tem um histórico respeitável que começou quando, em 1997, aos 21 anos, se tornou o estilista mais jovem a receber o prêmio Perry Ellis do Council of Fashion Designers of America, concedido a novos talentos. Sua marca homônima, criada em 1996, evoluiu para a Chatav Ectabit em 2004, e virou favorita de butiques de luxo em Paris, Londres e Japão.

    No Brasil desde setembro de 2010,  o estilista ocupa o posto que foi do alemão Juergen Oeltjenbruns e já deixa sua marca na concepção geral da coleção Inverno 2011 (o estilo já estava finalizado). Atencioso e surpreendentemente sereno pouco antes do desfile da Redley no Fashion Rio, Sandy conversou com o FFW sobre criação, estilo pessoal e moda brasileira.

    Confira:

    Com suas próprias grifes, você tinha liberdade para criar um visual muito pessoal, autoral; como você se sente trabalhando em uma marca estabelecida e que tem seu próprio look e história?

    Já fiz projetos como o meu trabalho atual na Redley. Eu acho interessante porque há 2 lados, como em uma moeda; sempre há 2 lados. É bem interessante porque acabo trabalhando fora do que me é usual, mas obviamente há elementos que são importantes para mim, que são pessoais, que vão aparecer na coleção de qualquer maneira, seja para mim ou para outra pessoa. Mas é ótimo porque coisas assim ajudam a refinar sua linha de pensamento criativo, como “isso é apropriado para essa situação”, “isso é apropriado para mim”. Ao mesmo tempo, te ajuda a entender o que acontece na sua cabeça. No geral, isso ajuda a realmente destilar o que é importante para você, o que é importante para a marca; faz você se envolver de uma maneira muito mais ampla, e estou colaborando com pessoas incrivelmente talentosas na Redley.

    E quais são alguns dos seus elementos pessoais que poderão ser vistos nas coleções da Redley?

    Algumas peças que temos nessa coleção e na próxima, em que já começamos a trabalhar, são unisex. Também há uma simplificação do estilo, a peça não precisa necessariamente ter muitos elementos. Geralmente eu uso texturas, e no geral, há um grau de simplicidade na silhueta que é característica do meu trabalho.

    Como você cria suas coleções? Costuma trabalhar com temas?

    Eu trabalho de muitas formas, não há bem uma fórmula; nesta temporada e na próxima eu tenho sido muito inspirado pela cidade. Mas pode ser qualquer coisa que eu vivencie em um dia. Às vezes é um material, às vezes é uma textura. Pode ser qualquer coisa mesmo, não precisa vir de uma área ou espaço específico, então geralmente não há um tema, mas há um mood, uma ideia que caracteriza a coleção.

    E esta é a sua primeira vez no Rio?

    Esta vez específica não, eu tenho ido e voltado bastante, (para Nova York, onde moram sua esposa e os 2 filhos) não sei quantas vezes; mas esta é a minha primeira experiência trabalhando no Brasil.

    E você tem gostado daqui? O país corresponde ao que você imaginava?

    Em parte; a energia é mais ou menos como eu esperava. Há energias diferentes em capitais como Nova York, Londres, etc, mas há algo diferente aqui na forma como as pessoas mudam seus gostos, seu estilo, as experimentações com comida; isso permeia tudo que mexe com criatividade, o que é incrível! Gosto porque o establishment sempre precisa estar em guarda, porque há tantas coisas novas acontecendo, novos lugares, e há uma vontade em descobrir novas idéias; sendo uma pessoa criativa, isso é algo que eu valorizo, que eu acho inspiracional.

    Durante esse período que você está no Brasil, você aprendeu algo sobre outras marcas daqui, ou da moda brasileira em geral? Tem uma opinião a respeito?

    Ainda estou aprendendo. Se tenho uma opinião? – não. Vi coisas muito inesperadas e coisas normais. Para mim, o mais importante é me focar no projeto, na evolução da Redley. Eu acho que aprender sobre moda brasileira _ou moda em geral, em qualquer lugar do mundo_ é fascinante, e fazer parte disso é mais fascinante ainda, mas tentar julgar isso não é interessante para mim.

    + Clique aqui para ver a coleção completa  da Redley no Fashion Rio 2011

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