via @sergioamaral

A feira de negócios Rio-à-Porter encerra nesta quinta (13.01) com saldo positivo entre os compradores. Foram cerca de 5 mil credenciados que puderam conferir e ajudar a editar o inverno 2011 da vida real, que deve chegar às multimarcas brasileiras na próxima estação.

Nos silenciosos corredores do evento, o salão de moda e negócios oficial do Fashion Rio, conferimos o que compram os compradores, concentradíssimos no que está à mostra nas araras, de olho em planilhas, entre muitas e muitas roupas e araras.

Tiyoco Miyano, compradora da multimarcas Recos, de Londrina (PR), vem desde a primeira edição do Rio-à-Porter encomendar peças para abastecer as araras de sua loja. Parou na Salinas e adorou as novidades: blusas de manga longa, os lenços de algodão, os tricôs e principalmente as cangas. “Gostei muito que a marca voltou a fazê-las”, diz.

Tiyoco Miyana, da Recos, com um dos tricôs encomendados no showroom da Salinas ©Felipe Abe/ FFW

Além da Salinas, Tiyoco passou e comprou nos showrooms das marcas Lenny, Espaço Fashion, Maria Bonita Extra e Blue Man. “Neste momento estou liquidando [na minha loja], mas uma coisa que os lojistas querem muito é que as marcas entreguem no prazo”, frisa. “Cliente gosta de novidade.”

No espaço da marca Alessa, duas compradoras de Brasilia, Luana Depieri e Andrhea Depieri, encomendavam para a Netas de Antonio, multimarcas que atende mulheres dos 35 aos 60 anos. “Geralmente escolhemos os cáftans, que têm estampas lindas e são roupas mais folgadas para senhoras”, comentam. Mas desta vez, preferiram “uma peça mais de festa”, um macacão de paetês.

De Brasília para o Rio-à-Porter, Luana e Andrhea Depieri, com o macacão de paetês encomendado na Alessa ©Felipe Abe/ FFW

Buyer da Selfridges, o inglês Gary Edgley, em sua primeira vez no Rio-à-Porter, achou bastante interessante o que viu por lá, mas não comprou nada… por enquanto. Pegou lookbooks, trocou contatos e acha que a temporada do verão pode render mais do que a de inverno no caso europeu. “Vim sem expectativa nenhuma e me surpreendi com a força que as marcas tem realizado para criar peças ecologicamente corretas, com fibras naturais e orgânicas”, destaca.

Dos desfiles a que assistiu, destacou os da carioca Alessa e do pernambucano Melk Zda. “As peças dele não são fáceis de usar, mas é bom ver alguém tentando ultrapassar fronteiras”, elogia.

Gary Edgley, buyer da Selfridges, se surpreendeu com trabalhos ecologicamente corretos ©Felipe Abe/ FFW