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    Pense Moda 2010: Susanne Tide-Frater fala sobre a anatomia das marcas
    Pense Moda 2010: Susanne Tide-Frater fala sobre a anatomia das marcas
    POR Redação

    Colaborou Stephanie Noelle

    Susanne Tide Frater (4)Susanne Tide-Frater © Divulgação

    A segunda palestra do 2º dia do Pense Moda foi com a consultora Susanne Tide-Frater. É ela a responsável por toda apresentação e branding da marca da Victora Beckham e da reformulação que fez da loja de departamentos Selfridges um verdadeiro case de sucesso no Reino Unido. Isso e mais um monte de coisa, na verdade. “Me considero uma médica de marcas”, conta ela sobre seu trabalho que consiste numa verdadeira imersão no universo e trabalho de marcas que desejam qualquer tipo de reformulação, sempre tendo a criatividade como fio condutor. “Só a verdadeira criatividade pode ser comercial”, afirmou ela.

    Tide-Frater, num vestido creme-dourado de Victoria Beckham, com ankle-boots Alexander McQueen, falou sobre a “anatomia das marcas”, quase como pilares essenciais para que se atinja o sucesso: produto, história, apresentação, modos de vendas e on-line.

    Produto porque não há como ter sucesso sem que este seja realmente bom em termos de qualidade e inovação. História não no sentido de tradição, mas de uma história para contar, uma narrativa ou uma mensagem consistente que seja de algum modo cativante e que valha a pena ser notada. Apresentação porque como ela mesmo disse, não há como se promover sem “se mostrar _de um jeito bom, é claro”. Como exemplo, citou Hussein Chalayan e suas apresentações que beiram performances de arte. O que as torna moda? “Um produto impecável”. Modos de venda porque o consumidor hoje não quer simplesmente ter um produto empurrado para si. E on-line, bem, por razões óbvias.

    >> O que o FFW pensa:

    O FFW concorda plenamente com a posição de Susanne de que sem um produto de qualidade nada é possível. Para ela o consumidor é sempre a maior e principal preocupação: “sem eles não há moda, é arte.” Retomando o exemplo de Hussein Chalayan, amigo e cliente de Tide-Frater, suas apresentações ultra-tecnológicas só podem ser entendidas sobre a ótica de moda graças ao produto de extrema qualidade e a consistência de sua narrativa/história, sempre em torno de uma mesma identidade.

    Concordamos mais ainda sobre sua posição sobre criatividade a qualquer custo, independente dos recursos disponíveis. “Sem desafios não existe criatividade”, explicou quando Jussara Romão perguntou sobre ser possível fazer seu trabalho no Brasil, onde condições das mais adversas acabam formando barreiras assustadoras.

    O foco no consumidor é outro ponto que merece atenção. Muitas marcas nacionais parecem não se preocupar com a experiência que este recebe, seja no atendimento de suas lojas, seja numa simples visita a seu site _quando esse existe. São poucas aquelas cujos profissionais estão realmente engajados em proporcionar uma experiência de consumo realmente única e cativante.

    >> O que os convidados pensam:

    Clo Orosco (3)Clô Orozco © Divulgação

    Sobre o método de trabalho que Susanne apresentou, ele é viável no Brasil?

    Clô Orozco: Deveria ser, seria genial e de grande valor para o desenvolvimento de moda. O que foi falado deveria ser ouvido pelas compradoras das multimarcas, seria maravilhoso, pois elas são as pessoas que realmente precisam ouvir esse tipo de coisa.

    Como a Huis Clos e a Maria Garcia se encaixam no que foi falado por Susanne?

    Clô Orozco: Nas marcas você identifica o DNA muito forte. Essa discussão (relacionada aos temas tratados pela palestrante) existe, e somos muito cerebrais, não fazemos nada gratuitamente. Não é porque algo é tendência, ou coisa parecida, que nós vamos incorporá-la. No entanto a parte de comunicação das marcas ainda não está à altura do trabalho criativo, mas está mudando. Exatamente por isso é que estive presente nessa palestra.

    Além disso, pretendemos fazer um trabalho relacionado com internet, inclusive e-commerce, mas só têm nos procurado lojas virtuais interessadas em vender coleções passadas à preços mais baixos, e nós não queremos isso. Queremos vender coleções atuais, pois temos clientes no Brasil inteiro, e o e-commerce facilitaria muito.

    Como você enxerga o consumidor “do futuro”?

    Clô Orozco: Tenho uma visão pessimista, e acho que existirão dois extremos: O cliente bem informado, que possui autoconhecimento, formação de estilo, sabe o que quer e busca design e criatividade; e o cliente que é um simples consumista de moda, que gosta de marca, de ostentação, e procura uma marca de roupa baseado em seu posicionamento social. E é esse tipo de consumidor que mais vai crescer.

    + Veja a cobertura completa das palestras no blog do evento

    + Veja a transmissão ao vivo das palestras pelo site da Renner

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