Look da coleção inverno 2010 de Vitorino Campos ©Divulgação
Sagitariano, 22 anos de idade, nascido em Feira de Santana, na Bahia, Vitorino Campos é um dos nomes mais promissores da moda nacional. Criado entre o ateliê de “alta-costura” de uma tia e a fábrica de fardamentos da mãe, Vitorino cresceu rodeado por tecidos e aviamentos, aprendendo desde cedo o poder de comunicação através das roupas.
Há pouco mais de um ano teve uma ascensão meteórica graças a uma espécie de apadrinhamento vindo da todo-poderosa Donata Meirelles. “Ela foi presenteada com um vestido meu por Licia Fabio num jantar em Salvador”, conta. O vestido em questão foi usado pela empresária num jantar organizado para o ex-secretário da ONU, Kofi Annan, em Nova York. Daí em diante seu número de vendas disparou.
Detalhe de look da coleção verão 2010 ©Divulgação
Quando e como você começou sua marca?
Primeiro tive uma marca chamada Tap Rumbeira. Ela foi um laboratório, que nasceu no meu primeiro desfile feito para a tecelagem G.Vallone, no lançamento da sua coleção de Verão 2009 para a Bahia.
E qual a principal característica do seu trabalho?
Acredito que a simplicidade das peças aliadas à modelagem e escolha cuidadosa dos tecidos. Por mais minimalista que seja a peça, sempre recebe o mesmo apuro de um modelo complexo.
Quem é seu target?
Mulheres seguras o suficiente para serem elegantes se vestindo com simplicidade. Gosto de dizer que vendo para quem sabe reconhecer uma boa peça pelo avesso.
Como funciona o mercado de moda na Bahia?
A Bahia é maravilhosa em muitos sentidos. Não podia ser diferente na moda. Temos estilistas maravilhosos e mulheres como a primeira-dama Fátima Mendonça, que fazem questão de usar estilistas baianos. Isso fortalece as novas marcas.
Você vê alguma vantagem ou desvantagem de estar fora do eixo Rio-São Paulo?
A mão-de-obra qualificada é o ponto fraco na moda baiana. Não temos muitos profissionais capacitados na área, o que dificulta acompanhar o calendário nacional de moda. E a vantagem é que Salvador transborda inspiração.
Pensa em desfilar em São Paulo ou no Rio?
Acho que esse é o objetivo de todo estilista que vê a sua marca como negócio de moda. Os dois circuitos mais importantes da moda nacional vão além do sonho. Alcançá-los é para mim um desafio.
Look da coleção verão 2010 ©Divulgação
Ídolo?
Almodóvar, por sua inteligência em comunicação.
E na moda?
Yves Saint Laurent.
No iPod?
Sufjan Stevens.
No cinema?
“Fale com Ela” (de Almodóvar).
Livro de cabeceira?
“O Escritor de Fim de Semana“, de Robert J. Ray.
Revistas?
Sinceramente, todas que aparecem. De moda e arquitetura a notícias semanais. Tudo é matéria-prima.
Nos favoritos?
FFW.com.br, com certeza e o blog dos meus amigos estudiogatolouco.blogspot.com
No tempo livre?
Adoro pesquisar novas músicas e visitar os amigos.
Mania?
Mania de ouvir a mesma música mil vezes. Vícios: de roer as unhas e de fumar. Não pode faltar um cigarro antes do início de um desfile.
O que mais te incomoda na sua personalidade?
Impaciência.
E na personalidade dos outros?
Prepotência.
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