No dia 24 de abril de 2013 aconteceu uma das maiores tragédias que a indústria da moda já viveu: o colapso do Rana Plaza, em Bangladesh, edifício que abrigava diversas fábricas de roupas que produziam, em larga escala, para renomadas marcas globais. A catástrofe deixou mais de 1.133 trabalhadores têxteis mortos e outros 2.500 feridos.
Esse foi o ponto de partida para o Fashion Revolution (Revolução da Moda), movimento criado em Londres pelas designers e ativistas Carry Somers e Orsola de Castro com o objetivo de evitar mais acidentes como o do Rana Plaza, tornando o mercado fashion mais seguro, sustentável e humano. Para incentivar a reconexão de toda a indústria, elas se uniram a um conselho global de líderes da indústria da moda sustentável, ativistas, imprensa, acadêmicos e interessados em geral, e o movimento começou a crescer e engajar pessoas mundo afora.
Em 2014, quando a tragédia estava prestes a completar um ano, as fundadoras do Fashion Revolution estabeleceram que 24 de abril seria o Fashion Revolution Day (Dia da Revolução da Moda), data celebrada para aumentar a conscientização sobre o verdadeiro custo da moda e seu real impacto, da produção ao consumo. A campanha, que conquistou adeptos de peso como a estilista Stella McCartney (foto abaixo) e a ativista Livia Firth, se espalhou pelo mundo com a ajuda das redes sociais. Durante todo o dia, as pessoas perguntam “quem fez minha roupa?” postando uma peça do lado avesso com a etiqueta aparecendo e as hastags #fashrev, #whomademyclothes e #quemfezminhasroupas.
No Brasil, o 24 de abril de 2015 será marcado ainda por ações em diferentes cidades, como São Paulo e Belo Horizonte. Na programação estão palestras e workshops de upcycling, entre outras atividades. Confira a agenda aqui.
Saiba mais sobre o Fashion Revolution no vídeo abaixo e veja fotos inspiradoras tiradas do Instagram @fash_rev. Participe também!