Terry Richardson e a editora Rizzoli lançaram, recentemente, “Terry Richardson: Volumes 1 & 2: Portraits and Fashion”, uma compilação de 600 imagens, entre retratos de celebridades e editoriais de moda em dois volumes que fazem uma retrospectiva dos 20 anos de carreira do fotógrafo, recheados de moda e polêmicas. As imagens do ator James Franco de drag queen para a capa da “Candy”, Cindy Crawford em frente ao letreiro de Hollywood estourando uma champanhe e a capa da “i-D” com Lindsey Wixson lambuzada de sorvete são alguns dos trabalhos que integram o livro, vendido por US$ 135.
Colaborador das principais revistas de moda e comportamento do mundo, de “Vice”, “Interview” e “The Face” a “Vogue”, “i-D” e “Harper’s Bazaar”, autor de campanhas de marcas como Gucci, Yves Saint Laurent e Chloé, o fotógrafo também registrou muitos dos principais ícones da cultura pop atual, como Lady Gaga, Miley Cyrus e Rihanna. Richardson publicou, em 2012, um livro dedicado às imagens que fez no Rio de Janeiro, “Rio, Cidade Maravilhosa”. Em “Portraits and Fashion”, personalidades da moda e do mundo artístico como Tom Ford, o próprio James Franco e Chloe Sevigny escrevem textos sobre ele.
A estética hipersexualizada que marca o trabalho de Richardson e que influenciou toda uma geração de fotógrafos de moda rendeu polêmicas ao longo de sua carreira. Mas as principais vieram das diversas acusações de abuso sexual de modelos e da publicação de nus não autorizados. Richardson se defendeu e disse que tais acusações eram “baseadas em mentiras”. A ex-blogueira e escritora Tavi Gevinson escreveu um post no seu blog, em 2010, questionando o porquê dos profissionais de moda ainda trabalharem com o fotógrafo, sabendo do seu histórico de acusações de abuso. Tavi disse que Richardson “tornou-se um estranho ícone cultural” e que “seu intuito é ser um pervertido”.