Poucos esperavam este anúncio: Hedi Slimane, um dos mais competentes designers de sua geração (e também um dos mais controversos) será o novo diretor criativo da Céline, que pertence ao grupo LVMH. Ele assume no dia 1 de fevereiro e seu primeiro desfile será em outubro, em Paris.
Será da responsabilidade dele cuidar de todos os aspectos das coleções e imagem da marca, incluindo o design das lojas e campanhas. Slimane também comandará a criação da linha masculina e os negócios de fragrâncias (outra novidade) e acessórios. “Estou especialmente feliz que Hedi está de volta ao nosso grupo para dirigir a Céline”, disse o CEO Bernard Arnault. “Ele é um dos mais talentosos de nossos tempos e sua chega na Céline reforça as ambições que a LVMH tem para essa marca”.
Slimane já havia passado pelo grupo LVMH em 2000, quando criou com muito sucesso a Dior Homme. De lá, ele saiu em 2007 e retornou à moda em 2012 como diretor criativo da Saint Laurent, do grupo rival Kering.
A Céline foi “acordada” por Phoebe Philo, estilista britânica que ficou 10 anos na marca, criando um novo estilo para a mulher contemporânea. Reservada, Phoebe é o oposto da estilista estrela e midiática, o que aumentou ainda mais seu status cult – Philo nem perfil nas redes sociais tem.
Phoebe Philo é uma estilista espetacular, mas sabe-se que estava no momento da marca dar um passo adiante. O fato é que a Céline não “produzia” assuntos, além de seus desfiles e nisso Slimane parece ser pro. Mal o anúncio se deu, já saíram piadas na internet sobre as transformações pelas quais a marca passaria devido ao terremoto que Hedi provocou na Saint Laurent. E o mercado, como podemos sentir pelo termômetro das redes sociais, aprovou a escolha.
Vamos aguardar nas mudanças que vem por aí neste novo momento da Céline.