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    Para seu próximo evento, Fashion Revolution pergunta “do que são feitas minhas roupas?”
    Para seu próximo evento, Fashion Revolution pergunta “do que são feitas minhas roupas?”
    POR Camila Yahn

    A Semana Fashion Revolution já tem data marcada neste ano: ela acontece de 20 a 26 de abril através de diversas ativações pelo Brasil. No ano passado, o Instituto Fashion Revolution realizou mais de 800 eventos.

    Nesta edição, os temas que serão trabalhados são Composição, Condições de Trabalho, Ação Coletiva e Consumo. “Os temas representam uma visão sistêmica do problema e apontam possibilidades para que as soluções sejam trabalhadas”, diz Fernanda Simon, diretora executiva da organização.

    Após questionarem “quem fez minhas roupas?”, frase que se espalhou pelos quatro cantos do mundo, o Fash Rev agora pergunta: do que são feitas minhas roupas?

    A mensagem se baseia na questão do consumo global de moda que continua a ganhar velocidade em níveis insustentáveis na cultura de descartabilidade. Em todo o mundo são produzidas inúmeras roupas, a partir de materiais não sustentáveis, muitos dos quais acabam incinerados ou em aterros.


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    Também queremos saber do que são feitas nossas roupas! ⠀ Você já se fez essa pergunta? Os fios, fibras e tecidos são um ponto crucial do sistema de moda: são inúmeros recursos naturais e humanos utilizados na sua produção, passando desde as lavouras de algodão e seus pesticidas e agrotóxicos até o poliéster que demora 400 anos para se decompor e polui nossos oceanos e mares com microplásticos. Tudo isso acontece na mesma terra que provém nossa comida e nas mesmas fontes que provém nossa água – afinal, o planeta é um só. ⠀ Por isso, se falamos de revolução na moda, também precisamos demandar saber do é feito aquilo que vestimos todos os dias, de onde veio e quem fez. ⠀ 👉🏽 Vem com a gente: pare agora, observe a etiqueta de alguma peça de roupa que está vestindo e se pergunte #DoQueSãoFeitasMinhasRoupas? Demande essa questão para as marcas, indústrias e todos os atores responsáveis. Para saber mais sobre a composição daquilo que te veste todos os dias, siga nos acompanhando. ⠀ #fashionrevolution #semanafashionrevolution

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    Um dos exemplos é o poliéster que, sozinho, representa cerca de 60% da produção global de fibras e utiliza cerca de 342 milhões de barris de petróleo por ano. Não é sustentável que a indústria do poliéster continue utilizando recursos virgens em sua produção. Desde a criação dessa fibra em 1941, a utilização do poliéster vem crescendo exponencialmente na indústria da moda, e ao considerar que essa fibra pode levar até 400 anos para se decompor, todo o poliéster produzido nos últimos 80 anos ainda existe em algum lugar do planeta. Tendo acesso a esses dados hoje, é inacreditável como nunca pensamos nisso antes.

    Outra questão extremamente importante é a condição de trabalho a que muitos profissionais são subordinados. Segundo o Instituto, há mais pessoas escravizadas hoje do que nunca antes na história. Milhões de pessoas são forçadas a trabalhar, com baixos ou nenhum pagamento, e sob ameaças e violência. Por isso também que ações coletivas são incentivadas pelo Fashion Revolution: o que não se pode alcançar sozinho, pode ser defendido coletivamente. As pessoas que fazem as roupas estão mais aptas a conseguir melhores salários e condições quando têm uma voz coletiva no local de trabalho.

    “O Fashion Revolution prega que é necessário repensar todo o sistema, passando de um modelo construído sobre o consumo excessivo e a descartabilidade para um modelo circular, onde os materiais e produtos podem ser utilizados por muito mais tempo”. A programação será divulgada em breve.

    #DoQueSãoFeitasMinhasRoupas

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