Enquanto o próximo diretor criativo não vem, a Louis Vuitton segue o calendário usando todos os recursos possíveis: uma cenografia apoteótica repleta de elementos, performance de Rosalía e quando chegamos as roupas, elas são assinadas pelo time de design tendo a participação de Colm Dillane, da Kidsuper.
A transmissão ao vivo do desfile deixou uma mensagem clara: as roupas são quase secundárias, pelo menos, neste momento. O foco agora está em manter a marca no radar, causar grande impacto midiático e, claro, desejo – especialmente nos órfãos de Virgil. Vale lembrar que Colm tinha uma relação próxima com Abloh, então deve ter sido um exercício fácil dialogar com seus códigos.
Em meio a performance e uma playlist bem global, onde até o funk deu as caras – quem também reconheceu a versão não proibida de “Sento no Bico da Glock”? –, percebemos que Colm tem antenas bem amplas para culturas de rua que não se limitam a Europa ou Estados Unidos, ele inclusive tem inúmeras passagens pelo Brasil e amigos brasileiros, logo é bem possível que o funk do DJ Gabriel do Borel tenha sido ideia sua.
E chegando finalmente à elas, as roupas, vimos uma alfaiataria interessante, minimalista e estruturada, mas que é coadjuvante, apesar da tentativa de destaque. Chamam atenção as puffers, as peças com modelos oversized e, claro, os prints bem característicos da Kidsuper, vibrantes e coloridos – essas sim, bem protagonistas.