“É como se fosse uma colagem dos códigos e uma mistura do acervo da Dior que levei para as cores, formas e silhuetas”, disse Kim Jones logo após ao desfile comemorativo de seus 5 anos à frente da maison. Yves Saint Laurent, Marc Bohan, Gianfranco Ferré, todos os célebres diretores criativos da marca foram homenageados.
Ninguém melhor do que Kim para reinterpretar o clássico com um olhar urbano, então o famoso matelassê das bolsas Lady Dior virou estampa, padronagens dos anos 1950 e 1960 foram aplicadas em coletes, casacos e até em loafers – bem marcantes e estufados, como ele tem proposto nas últimas temporadas.
Até a estampa animalier deu as caras (percebi que ela tem surgido de forma discreta aqui e ali, não só em Paris como em Milão). No outro extremo dos layers destaca-se a combinação colete com micro shorts – talvez uma resposta aos jorts e bermudas que dominaram o guarda-roupa recente.
Seus adocicados tons esmaecidos apareceram, claro, mas ganharam a companhia de cores fluorescentes – um choque de energia e frescor. A silhueta trapézio proposta por Yves surgiu em casacos leves e alongados, mostrando como Kim fez um bom equilíbrio entre itens para agradar clientes ortodoxos e chamar atenção dos mais flamboyantes. Os aplausos acalorados confirmam que ele é, sem dúvidas, um dos designers mais influentes e maduros que temos hoje.