Há uma linha bem tênue entre figurino e roupa, as vezes elas se encontram, mas outras acabam desempenhando papéis bem distintos – o desfile masculino da Louis Vuitton digamos que foi uma intersecção. Em sua terceira apresentação, Pharrell mira mais uma vez seu olhar de curador para o seu próprio universo de referências e o compartilha – a partir da sua visão de moda.
Depois de surfar pelo Hawaí, agora é a estética e códigos do western estadunidense que são explorados de diferentes formas: nas texturas e desenhos, adornando monogramas, texturizando jeans, quanto mais, melhor — e sendo, em muitos momentos, literal.
Da América do Norte trouxe alguns símbolos bem conhecidos: o workwear (obsessão atual) com a clássica jaqueta quadrada com bolsos chapados – impossível não lembrar da Carhartt –, uma elegância meio Ralph Lauren e até as botas Timberland (sim, a parceria foi confirmada).
Curioso ver os looks desfilados por elas, que denunciam o tamanho de liberdade que o popstar tem dentro da Louis Vuitton. Alguns códigos que surgiram já são associados ao seu tino criativo: a estampa pixelada meio Minecraft apareceu em novas cores, enquanto a Speedy colorida também deu as caras. Pop, né? Entre performar e mostrar caminhos, ele parece patinar com desenvoltura entre os dois.