Por Felipe Venancio
Pilhas de revistas (na verdade 5), blogs musicais na barra de favoritos cheios de atualizações, 33 programas gravados do Jools Holland pra ver, o Grammy inteiro desde o dia 13 de fevereiro, novos sets de DJs no Soundcloud, uma lista cheia no “my tags” do Shazam, com músicas que algum dia em algum lugar me interessaram, podcasts descolados, tipo Dazed e Colette, e uns poucos cadernos de música em papel jornal, me esperam.
Acompanhar o mundo musical hoje requer pouca idade e muito tempo. Quase surtando, pela falta dos dois, recebo o convite do FFW pra colaborar como colunista. Que bom, não vai ser desta vez que jogo tudo pro alto.
Mesmo sem fazer o dever de casa e não podendo fazer o Angeli, que se desenha com o papel em branco quando não tem idéias, deu pra saber de algumas coisas na diagonal:
Bjork
…que a Björk está envolvida com o mundo das artes e sua instalação “Biophilia”, que mistura música, tecnologia e natureza, vai servir de base para seu novo álbum. Também fiquei sabendo que ela andou inventando alguns instrumentos, tipo um órgão de tubos digital. Será um hype? A Gaga tocou um órgão meio Dr. Phibes no Grammy.
Álbum do Toro Y Moi
…que o novo disco do Toro Y Moi, “Underneath The Pine”, é mega do bem e é daqueles que dá pra ouvir pelo menos até a faixa 6. E que o multi-instrumentista Chazwick Bundick é o super talento por trás deste lançamento.
James Blake
…que o jovem James Blake é o novo “XX”, o hype de 2011 (agora são, 13:34 do dia 17 de março de 2011);
Competição do Chromeo
…que o Chromeo abriu sua nova faixa “Hot Mess” para novos DJs tentarem “A Porta da Esperança” do mundo eletrônico. Através do site Beatport, todo DJ/Produtor pode adquirir trechos da nova música e esperar que o próprio Chromeo escolha o seu remix para ser lançado como oficial. Esse assunto aliás é a nova proposta de polêmica da revista inglesa “Mixmag”. A tese é que esse inocente campeonato explora os DJs. Afinal, fica pro Chromeo mais de 1000 remixes na faixa (tipo 0800, mesmo), e o DJ ainda precisa pagar para ter os pedaços da músicas. Opiniões para www.foem.info;
E para não deixar o samba de fora, adorei saber entre tantas matérias, que o Adoniran Barbosa repetia o fim das frases que falava. Tipo: “Não existe esta história de samba paulista, existe samba brasileiro. Existe samba brasileiro”.
Felipe Venancio é DJ e produtor e escreve mensalmente neste espaço. Para saber mais sobre ele, ouvir suas músicas ou apenas saber das novidades musicais, acesse seu site oficial.