Mais uma vez, ao invés de um desfile convencional, Paula convidou editores, jornalistas e formadores de opinião para acompanharem o backstage de seu fashion film. O formato é bem intimista e acolhedor, ver Paula ajustando os looks, sua equipe toda dedicada, ver a engrenagem rodando e a beleza acontecendo.
Gertrud Louise Goldchmidt, artista germano-venezuelana foi quem amarrou a coleção dessa vez. Suas esculturas amorfas e cinéticas foram sentidas do cenário desenvolvido pela artista e cenógrafa Ana Arietti até as criações em si.
Surpreendentemente o preto quase inédito na cartela terrosa e etérea de Paula, deu as caras. Lindas são as texturas feitas a partir de tecidos levíssimos que formavam sinuosidades. Volumes inesperados, uma brincadeira com peso e leveza, drapeados, transparências… o longo vestido inteiro perolado emitia uma sonoridade só sua – algo que só um formato bem pessoal como esse proporciona.
Sensorial no sentido mais amplo. Desejável no sentido mais sincero. Lindo!