A Chanel de Virginie Viard, desde que assumiu, tem caminhado entre elogios e duras críticas, seja por motivos reais ou por suceder uma figura tão marcante como Lagerfeld na Chanel. No entanto, a estilista parece cada vez mais encontrar sua voz dentro da casa e conciliar sua identidade com o legado da maison. Nessa coleção, Virginie Viard faz uma ode ao auge das passarelas e do mundo da moda nos anos 80 e 90, com todo o glamour e espetáculo de um desfile clássico que tanto sentimos falta nesses tempos - pelos quais a Chanel é tão conhecida -, valorizando o trabalho dos fotógrafos de moda e claro, nas silhuetas das peças. Mesmo com a influência dos anos 80 e 90, a coleção não deixa de dar indícios das tendências dos anos 2000, mostrando que Virginie Viard está atualizada e de olho nas novas gerações, exibindo também uma nova sensualidade para a tradicional mulher da Chanel. Como Virginie Viard já vinha nos mostrando aos poucos nas últimas temporadas, seu objetivo é atualizar os códigos da marca, sem perder seu legado e mostrar que foi-se o tempo em que a Chanel poderia ser sinônimo de uma marca datada.