Por Luiz Henrique Costa
Em 2019, Game of Thrones da HBO, ultrapassava o universo literário criado por George R.R. Martin em uma curva perigosa, deixando um final agridoce na boca de fãs pelo mundo e foi o assunto oficial nas copas dos escritórios e happy-hours na segunda-feira frustrante aos que aguardavam ansiosos por uma solução à disputa sangrenta disputa pelo Trono em Westeros.
As decisões tomadas pelos roteiristas na ultima temporada não agradaram em nada aos assíduos fãs da série e dos livros e por isso o spin-off House Of The Dragon, já em produção com cenas na Irlanda do Norte e anunciado para lançamento em 2022 é tão aguardado. Ele pode acima de tudo servir como uma oportunidade de redenção para as decisões preguiçosas do desfecho de GoT na TV.
Sabemos que Martin, autor dos livros, cozinha há quase uma década The Winds of Winter, o sexto e ultimo dos volumes que deram origem a série e é quase uma unanimidade entre os fãs que a série desandou ao ousar ultrapassar o riquíssimo material-fonte e tomou uma sequencia de decisões equivocadas de roteiro que culminaram nos rumos desastrosos da ultima temporada.
Verdade seja dita, adaptações de livros para as suas versões audiovisuais nem sempre funcionam mesmo se forem cirúrgicas e GoT, a série, acertou na maior parte do tempo. Acontece que embora os recordes de audiência e faturamento sejam inquestionáveis, Game Of Thrones exigiu proporcionalmente uma produção e custos cinematográficos cada vez maiores por parte da HBO e o resultado foi uma ultima temporada encurtada e confusa.
Dragon do título do spin-off se dá em referência aos poderosos antepassados platinados de Daenaerys (Emília Clark), a linhagem Targaryen. Em teoria, os verdadeiros donos do cobiçado trono de Ferro, com doses generosas de beleza e insanidade correndo nas veias; Famosos domadores de dragões.
Aqui é preciso dizer que um pouco da frustração do publico em relação ao destino da “nascida da tormenta” tenha sido, em partes, devido ao excesso de amor por ela: Exilada, órfã, vítima de um irmão ultra-violento, Danny era a mocinha com alvará para atitudes questionáveis em nome de justiça, ou de pura vingança – que resultavam momentos catárticos para a série. A sua dualidade tornaram personagem complexa e interessante.
Em House of The Dragon sabemos que a briga será dentro da própria família Targaryen, envolvendo divergências sobre a sucessão de poder e cerca de trezentos anos antes aos transcorridos na série. Showrunners de peso assinam a produção como Sara Lee Hess, Ron Schimidt, Ryan Condal e Mighel Sapochnik – que será o diretor do episódio piloto da série.
No elenco estão confirmados nomes como Math Smith, de The Crown, Olívia Cooke, Emma D’arcy, Rhys Ifans e Steve Toussaint.
A série terá dez episódios e idealizada com acompanhamento do próprio autor dos livros, o que traz certo alívio aos leitores ávidos da saga. E melhor: não corre risco de ser cancelada como outros spin-offs que chegaram a ser anunciados.
Para quem deseja se aventurar em uma fonte de iniciação antes da série que vem por aí, a recomendação é começar por Fogo e Sangue, de 2018, sobre as disputas literalmente regadas a esses dois ingredientes essenciais aos antepassados da rainha platinada é uma ótima dica.
Ansiosos.