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    SPFWN47: Arquiteto e designer Guto Requena traz experiências de empatia para dentro do SPFW
    SPFWN47: Arquiteto e designer Guto Requena traz experiências de empatia para dentro do SPFW
    POR Camila Yahn

    O arquiteto e designer Guto Requena assina a cenografia desta próxima edição do SPFW, que vai de 22 a 27 de abril. Guto é conhecido por seus trabalhos que unem design, inovação e tecnologia, interagindo com o público, seja através de uma experiência física e sensorial com a própria obra ou pelo simples encantamento.

    Guto dará uma masterclass no Farol Santander (25.04, às 11h), com o tema A Utopia de um Mundo mais Poético, uma reflexão sobre memória, cultura e narrativas poéticas, relacionadas as diferentes escalas do design, desde os objetos até as cidades.

    Em uma conversa com o FFW, Requena fala sobre suas ideias para o SPFW e como está inserindo a busca pela empatia dentro do espaço do evento.

    Como foi receber esse convite e a partir de qual briefing você trabalhou? Foi uma grande honra. Um dos meus primeiros trabalhos quando cheguei em São Paulo foi fazer assistência para o desenho de um desfile do André Lima no SPFW. Lembro de ter ficado fascinado na época, então é uma honra hoje ser esse diretor criativo convidado para criar a cenografia dessa edição. O briefing gira em torno da questão da utopia, então tudo se inspira nesse conceito. A minha ideia foi transformar o conceito em uma pergunta: qual a sua utopia?

    E como isso é traduzido no que a gente vai ver quando entrar no galpão do Arca? O que achamos mais interessante foi situar as duas salas de desfiles nas duas laterais do espaço, criando uma grande praça no meio. Essa praça tem seis móveis inspirados no desenho de mobiliário urbano e faz parte do no nosso DNA desenhar espaços públicos em centros urbanos. Cada um deles é composto por uma letra e, vistos de cima, formam a palavra utopia. Cada um deles tem uma funcionalidade, mas todos têm a mesma ideia, que é aproximar as pessoas, estimular o coletivo, a empatia e a troca. Todo o desenho parte do princípio que elas têm que sentar próximas. Tem banco, tem bar, tem um móvel que convida para ver a programação nos grandes telões, há um pequeno jardim e também gangorras. É tudo muito lúdico, inspirador e estimula o coletivo.

    Esses móveis foram feitos em quais materiais? Todos sao feitos de madeira de reflorestamento e são iluminados por dentro. Por exemplo, o primeiro deles, a letra U, é o que está logo no início. Ele é especial porque é um banco com sensores dentro. Quando um grupo senta, o banco acende luzes, transformando-se em uma grande escultura de luz que é estimulada a partir desse coletivo, quando elas sentam em grupos.

     
     
     
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    “My heart beats like yours” by @estudiogutorequena taps into the power of empathy and design-as-activism to create a tribute to the LGBT+ community in Brazil. The large-scale interactive piece is a hybrid between public urban furniture and sculpture, set in São Paulo’s iconic Praça da República, where the first meeting of the LGBT+ activist community took place (1978) and where the diversity and inequalities of Brazilian society is visible every day, in the stream of passersby and the numerous homeless that gather in the area. Photos by incredible @anamello thanks to @intel @natgeobrasil @gtmcenografia @yourmamafilms #empathy #publicart #lgbt #urbanfurniture #estudiogutorequena #saopaulo

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    Quais são as características que definem o seu trabalho? O DNA do estúdio está embasado na ideia de inovação, design, empatia e tecnologia. Todas as nossas experiências buscam caminhos onde investigamos a arquitetura interativa, design paramétrico e o uso de novas tecnologias no espaço, de modo que esses ambientes possam aquecer, humanizar, aproximar e convidar as pessoas a ficarem mais juntas, sempre acreditando nessa possibilidade da empatia.

    Pode citar alguns trabalhos que mostrem bem esse DNA? O Pavilhão Dançante para os Jogos Olímpicos do Rio, a instalação interativa Empatias Mapeadas, o Love Project, o escritório da empresa Youse e oTerminal 7, em Paris.

    Pavilhão Dançante

    Pavilhão Dançante

    E tem algum projeto novo que você pode compartilhar? Temos muitos projetos acontecendo pois atuamos em diversas escalas. Criamos mobiliário, peças vestíveis, experiências urbanas e arquitetura. Um novo projeto que é bastante desafiador é nossa terceira experiência internacional. Estamos criando um grande espaço de eventos em Lisboa que será uma casa de música, tanto para shows quanto para DJs. E todo esse espaço está sendo pensado pra unir música e tecnologia, então ele é todo reconfigurável, pode receber desde pequenas festas até eventos maiores, para 1.500. As obras já começaram e deve ficar pronto até o final de 2020.

    Na sua visão, qual é o papel da arquitetura? O papel da arquitetura e do design é resolver problemas. As pessoas costumam associa-los a algo para gente rica, para elite, mas não é verdade. O grande papel é resolver problema e é por isso que, mais do que nunca, essas disciplinas são necessárias. Parece que a gente nunca teve tantos problemas e podemos resolve-los através do design.

    *O SPFW acontece de 22 a 27 de abril no espaço Arca e terá cobertura completa do FFW.  

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