Exposição Rebojo leva artistas do Pará à Londres
Com curadoria de Fernando Nogari, a mostra vai reunir trabalhos dos artistas Labô Young, Rafaela Kennedy e Nico Mascarenhas.
Exposição Rebojo leva artistas do Pará à Londres
Com curadoria de Fernando Nogari, a mostra vai reunir trabalhos dos artistas Labô Young, Rafaela Kennedy e Nico Mascarenhas.
Um coletivo de artistas do norte do Brasil chega a Londres para expor seus trabalhos realizados na região amazônica da ilha do Marajó. Sob o título Rebojo (que é o nome dos redemoinhos que se formam nas águas dos rios locais), a exposição vai ocupar a galeria Woodseer, em Londres, reconhecida por expor trabalhos de nomes internacionais da nova safra de artistas como Romain Gavras e Pia Riverola.
Com curadoria de Fernando Nogari, a mostra vai reunir fotografias em grande formato feitas por Labô Young e Rafaela Kennedy que serão acompanhadas por um vídeo do processo dirigido por Nico Mascarenhas e o filme “A Queda Do Céu”, realizado no Pará em 2018 por Nogari.
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“Eu fui convidado pela Woodseer para expor alguns trabalhos e ocupar o espaço da galeria de alguma maneira. Quando esse convite aconteceu, eu estava no sul do Pará gravando um documentário e tive a ideia de convidar algumas artistas amazônicas para participar junto comigo. Fiz o convite para a Labô Young, que já havia colaborado comigo em ‘Aquilo Que os Jovens Chamam de Música II: A Queda do Céu’ – que será exibido na exposição -, e para a artista Rafaela Kennedy” nos conta Fernando.
A partir de algumas conversas, os artistas produziram uma uma série inédita de fotos, fruto do encontro entre as duas na ilha do Marajó. “Rafaela partiu da região amazonense há muitos anos, e sempre que volta para a região, ela associa Labô a essa figura encantada, protetora, que a recebe de volta. A exposição parte desse encontro, que também contou com a presença do nïco, diretor e artista com quem já colaborei muito, produzindo um vídeoarte sobre essa história”.
O coletivo acredita que a exposição pode colocar um holofote e criar possibilidades para os artistas ao valorizar criativos e a região, sem precisar que a única saída para eles seja se mudar para regiões “onde tudo acontece” como nos conta Rafaela Kennedy. “essa produção ocorre em um momento político onde há um forte movimento que tenta de maneira escancarada apagar a memória territorial do povos originários brasileiros, por isto neste trabalho construído por artistas amazônicas e do sul global há uma significância muito importante, não só para o Brasil mas para o mundo.” diz ela.
A abertura da exposição acontecerá no dia 20 de julho, com uma sessão de perguntas e respostas com os artistas.