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    Dragão Fashion Brasil em 5 momentos

    Os highlights da 25 edição da semana de moda cearense.

    Dragão Fashion Brasil em 5 momentos

    Os highlights da 25 edição da semana de moda cearense.

    POR Redação

    Seleção e texto por Felipe Vasconcelos

    O Dragão Fashion Brasil completa 25 edições como um dos principais eventos de moda da América Latina e trazendo mais do que nunca marcas que reforçam bem a identidade de uma autoral cearense e, consequentemente, brasileira no seu line up de desfiles com um mix de jovens talentos e nomes que já despontam Brasil afora nas passarelas além Fortaleza. Nosso colaborador, Felipe Vasconcelos, acompanhou de perto e elegeu cinco marcas e desfiles que foram destaque.

    1. Bruno Olly apresentou sua coleção “Sufoco sombrio” como uma metáfora não tão distópica de uma sociedade adoecida e seus indivíduos. A coleção perpassa a ideia da agonia, da ansiedade e de uma tomada de fôlego para continuar sendo criativo com base na esperança de acreditar.

    Na passarela acompanhando máscaras de oxigênio, o cenário urbano do streetwear já marcado no DNA da marca traz bermudas, puffer jackets, calças cargo e coletes em sarja de recortes simétricos. Bruno também apresentou acessórios em crochê pontuando o feito à mão, saias de modelagem evasê, mil bolsos de diversos tamanhos e localizações variadas e uma cartela de cores que atravessa o preto, o chumbo passando pelo verde de pegada militar e um vermelho vivo que reafirma esse constante estado de alerta e caos trazido pela coleção.

    2. BABA apresentou o seu beach club explorando toda a vibe praiana de Fortaleza, na Praia de Iracema, colocando na passarela peças como camisões e tops de caimento balonê, sungas slip e camisas com uma muito bem vinda estampa referenciando a escultura “La femme bateau” de Sérvulo Esmeraldo. Bermudas e saias com estampa de risca de giz e comprimento regulável que literalmente podem ir do escritório até a praia em um exercício muito interessante de exploração das peças de alfaiataria como ternos e coletes coexistem lado a lado com sandálias do tipo Kenner e tênis modelo Converse. A BABA mostra que o Centro e as periferias de Fortaleza conversam intimamente com a praia traçando uma identidade de moda bem interessante em referências iconográficas típicas da capital cearense.

    1. Catarina Mina segue apresentando coleções que reafirmam seu compromisso com o handmade sustentável, explorando de uma maneira cada vez mais ampla todas as vertentes artísticas que podem entrelaçar a moda feita à mão e artesanal com o empoderamento de mulheres que se colocam à frente da prática e difusão dessas técnicas. 

    Trazendo o foco para o município de Trairí, o maior produtor de renda de bilro no Ceará, a Catarina Mina apresenta a renda de bilro como fundamental elemento da coleção, mas sempre fazendo par com crochês, a renda de filé e os já tradicionais elementos confeccionados com a palha retirada da carnaúba.

    Na prática: saias e tops de linhas arquitetônicas, sobreposições que deixam às vistas vestidos leves e monocromáticos, que deslizam sobre o corpo; e saídas de praia que podem muito bem migrar das areias para outros espaços da cidade em comprimentos longos, tudo isso em um jogo que mostra e esconde do corpo, ao mesmo tempo.

    1. A carioca Fruto do Conde estreia no Dragão Fashion Brasil com a coleção “Do Kabuki ao cangaço”, uma coleção que vai buscar na ideia de construção identitária. A coleção traça paralelos estéticos entre o teatro japonês e o cangaço em saias de matelassê com toque acetinado e forros em tule, macacões em tons terrosos de modelagem reta e bordados que lembram as medalhas trazidas por Lampião e seu bando.

    Destaca-se também os coletes que se assemelham aos usados por samurais, saias rodadas que lembram as modelagens usadas por Maria Bonita e casaquetos em tafetá adornados com fitas de cetim, em uma paleta que passa longe da sobriedade indo de um pontual preto até o vermelho, laranja e verde.

    1. David Lee apresenta sua coleção “Horizonte” como uma perspectiva urbana do litoral cearense, como também explorando a própria palavra vista como uma ideia da perspectiva de um futuro, do que está e há de vir.

    A coleção de David não entende o horizonte somente como uma linha de delimitação, mas sim de uma forma bastante fluída se materializando em estampas de ondas e também no trabalho de desalinho desse padrão, no qual camisas com a padronagem da linha horizontal pode receber a quebra dela à partir de um bolso com linhas verticais.

    Bomber jackets, bermudas, minissaias, calças de modelagem que flertam com o oversized por vezes recebem laços de perfume náutico. David busca criar suas coleções sem esbarrar na maioria dos clichês que se assemelham ao universo do beachwear e do streetwear.

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