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    “The new black vanguard”: livro apresenta a nova geração de artistas e fotógrafos negros

    Um novo livro olha para a atual geração de artistas e fotógrafos negros que está  transformando a moda e a arte a partir de sua cultura, história e pontos de vista. Hoje, um grupo de jovens vindos de várias regiões da África, tem cavado seu espaço no mercado e está trabalhando para ampliar a representação e participação dos negros, desafiando uma cultura contemporânea que ainda se baseia em estereótipos em suas representações da vida negra.

    Essa turma está bem representada no livro The New Black Vanguard: Photography between Art and Fashiondo escritor e crítico Antwaun Sargent, que frequentemente publica seus artigos em veículos como New York Times, The New Yorker e Vice. A publicação que sai pela editora Aperture aborda a transformação radical que está ocorrendo na moda e na arte hoje através do portfólio de 15 fotógrafos: Campbell Addy, Arielle Bobb-Willis, Micaiah Carter, Awol Erizku, Nadine Ijewere, Quil Lemons, Namsa Leuba, Renell Medrano, Tyler Mitchell, Jamal Nxedlana, Daniel Obasi, Ruth Ossai, Adrienne Raquel, Dana Scruggs e Stephen Tayo.

    No ano passado, a moda conheceu o trabalho do jovem Tyler Mitchell após ele fotografar Beyoncé para a capa da Vogue americana. Foi a quarta capa da cantora para a revista, porém a mais falada e celebrada – ela tinha um gosto de vitória. Ele não seria o fotógrafo de escolha da Vogue, mas foi uma condição imposta por Beyoncé. Tyler, então com 23 anos, foi o primeiro negro a fotografar uma capa da Vogue em sua história de mais de 100 anos.

    Conhecido por suas representações de utopias negras, desde o início, Mitchell procura visualizar o que ele chama de “uma gama completa de expressões possíveis para um homem negro no futuro”. Apesar de ser um dos mais conhecidos dessa nova geração, ele não está sozinho, muito ao contrário. 

     

    “A apresentação de figuras negras nas passarelas e capas, na mídia e na arte, tem sido um marcador para comunidades cada vez mais inclusivas. O vocabulário visual contemporâneo em torno da beleza e do corpo está sendo reescrito com nova vitalidade e substância, graças ao aumento de imagens poderosas criadas por uma comunidade internacional de fotógrafos negros”, diz o texto de apresentação do livro.

    Além de responder pela curadoria dos artistas, Sargent, como escritor, abre uma conversa sobre o papel do negro no mercado e a polinização cruzada entre arte, moda e cultura na construção de uma imagem e as barreiras institucionais que historicamente impediram (e impedem) os fotógrafos negros de participar mais plenamente das indústrias da moda e da arte.

    Muitos desses nomes estão fotografando para marcas como Kenzo, Nike e Fenty e expondo suas obras em museus, mas devido à história da exclusão, esses artistas também estão curando suas próprias exposições, criando suas próprias plataformas e recorrendo às mídias sociais para se envolver diretamente com o público.

    Por exemplo, Jamal Nxedlana, 34, fundou a Bubblegum Club, uma plataforma online que tem como missão ser um espaço para vozes marginalizadas na África do Sul e “ajudar a construir a autoconfiança de mentes talentosas na música, arte e moda”, segundo o próprio artista. Já Campbell Addy, 26, fundou uma agência de modelos e a publicação Niijournal, que aborda moda, fotojornalismo, poesia e religião.

    Namsa Leuba / Reprodução

    Namsa Leuba / Reprodução

    Vale lembrar também que o designer sul-africano Thebe Magugu (vencedor do prêmio LVMH e não participa deste livro), criou uma publicação anual para celebrar novas vozes negras a Faculty Press.

    “Essa geração está decidida a acreditar no seu próprio talento”, diz ao NYT o artista Stephen Tayo, que está, atualmente, em uma exposição coletiva no Palais de Tokyo, em Paris. “É muito gratificante ser parte de uma geração que está fazendo tanto para recuperar o que poderia ser chamado de ‘liberdade'”. 

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