Desde 2015, a Prada não vem apresentando bons resultados em seu varejo. Segundo o site Fashionista, só no ano passado o lucro da empresa caiu 16% – o que equivale a 278,3 milhões de euros, seu menor resultado desde 2011. Já a receita líquida caiu 9% (3.184 bilhões de euros). O equilíbrio veio por parte do mercado chinês, onde houve um aumento de dois dígitos no varejo, além das vendas pelo e-commerce de multimarcas como Net-A-Porter e MyTheresa, que aumentaram em 15%, já que essas empresas fizeram parcerias estratégicas com a grife italiana.
Patrizio Bertelli, marido de Miuccia e CEO do grupo Prada, viu 2016 como “um ano desafiador de transição”. Por isso, a empresa apresentou algumas estratégias para reverter este quadro. Em vez de abrir novas lojas físicas, o grupo investirá em outros formatos, como as lojas pop-up. Visto que o lucro das vendas pelo e-commerce de empresas parceiras foi significativo, o mercado digital será a grande aposta em 2017.
Para tanto, foi contratada toda uma equipe para o desenvolvimento das estratégias digitais: uma delas será reforçar o e-commerce global ao disponibilizar a venda de todos os produtos da Prada e Miu Miu em suas respectivas plataformas digitais. Por exemplo, até o final deste ano, países como China, Coréia, Austrália, Nova Zelândia e Rússia poderão comprar os produtos das marcas italianas digitalmente. Além disso, o grupo também vai focar nas parcerias com multimarcas digitais, como a Net-A-Porter, no investimento da comunicação digital, e, pensando especialmente no importante mercado dos millenials, no lançamento de acessórios com preços mais acessíveis, com destaque para as bolsas.
Mês que vem, a Prada apresentará pela primeira vez o desfile Cruise em uma passarela dedicada somente a esta coleção em Milão, na Fondazione Prada.