UOL - O melhor conteúdo
FFW
newsletter
RECEBA NOSSO CONTEÚDO DIRETO NO SEU EMAIL

    Não, obrigado
    Aceitando você concorda com os termos de uso e nossa política de privacidade
    Desfiles icônicos: glamour, melancolia e exaustão em Deliverance, de Alexander McQueen

    No segundo post da série Desfiles Icônicos, escolhemos um dos (muitos) shows inesquecíveis de Alexander McQueen, Deliverance, mostrado na temporada de Verão 2004.

    + Mágica e absurdo na passarela de John Galliano SS 2003

    O desfile aconteceu no Salle Wagram, um salão de dança construído no século 19 em Paris (e habitual locação de desfiles) e mostrava as modelos ora dançando, ora desajeitadas, meio caindo nos braços dos dançarinos. O que, primeiramente, parecia ser uma celebração do glamour dos salões de baile, na verdade era inspirado no filme They Shoot Horses, Don’t They?, de Sydney Pollack. O longa se passa nos Estados Unidos durante a Grande Depressão nos anos 30, quando a população sofria com o desemprego até que novas e inusitadas oportunidades apareceram, como os concursos de dança que testavam ao extremo a resistência dos competidores em troca de comida, roupas e uns trocados.

    Basta assistir ao trailer abaixo para imediatamente ver as referências bem claras no desfile, da cenografia ao comportamento das modelos, como elas foram coreografadas e até nas roupas.

    Quem coreografou Deliverance foi o super coreógrafo escocês Michael Clarke, na época amigo de Alexander McQueen e já um dançarino bem conhecido – os dois se conheceram em um evento do artista Damien Hirst nos anos 90.

    Os ensaios duraram duas semanas e envolveram bailarinos e modelos como Isabeli Fontana, Jessica Stam, Lilly Cole, Erin Wasson e Karen Elson, que se destacou no desfile, chegando a exaustão total ao final do show, assim como os personagens do filme. “Michael Clarke chegou pra mim e disse: ‘vai lá e apenas sinta. Sinta que está numa maratona de dança, que você está dançando há dias e está exausta”, conta em uma entrevista ao Show Studio.

    Seu primeiro look, para o início da maratona, era um longo de paetês super glamouroso. Já o próximo, um look floral mais apagado e fluído, simbolizava o momento que ela deveria estar exausta, quase delirando. “É a minha mais incrível experiência em um desfiles, em toda a minha vida”.

    Frenesi x melancolia, alegria x exaustão, o desfile brincou com opostos o tempo todo, levando o público a picos de ânimo e agonia, assim como acontece no filme de Pollack.  “Ele era esse cara que não só mostrava roupas, mas colocava emoção na passarela”, diz seu primeiro assistente, Sebastian Pons. E foi dessa forma que McQueen fez história.

    Não deixe de ver
    Gucci confirma Demna Gvsalia como novo diretor criativo
    Saí Donatella, entra Dario Vitale na direção criativa da Versace
    Duran Lantink é o designer para prestar atenção
    FFW