1. Grandes produções
Mais uma vez as flores estão presentes em abundância no desfile da Dior por Raf Simons. Uma grande estrutura foi construída pelo cenógrafo Alexandre de Betak no Cour Carree, no Louvre, com uma montanha de delfinos por fora e por dentro. Ainda umas hastes móveis de luz quebravam o romantismo e traziam uma vibe futurista ao desfile. Galliano já fazia grandes desfiles para a Dior, mas através de suas roupas; o drama estava na coleção. Raf tem feito cenários caríssimos e de execução grandiosa, daqueles que parecem até impossíveis em um primeiro momento. No filme “Dior e Eu” há uma cena que mostra bem esse momento. Assim, a Dior passa a competir direto com a Chanel pela cenografia mais surpreendente. São super produções que servem como um portal para um mundo mágico que os convidados entram após passarem pela vida real de dezenas de seguranças e checagem de convites.
2. Bolsas que a gente quer usar
Boas bolsas com potencial de tomar as ruas apareceram no desfile. Há os modelos brancos com alça nude, que faz as vezes de uma tote de luxo. Bem linda, clássica e moderna ao mesmo tempo, com as tiras de couro cruzadas. Para quem gosta de cores, a coleção nao deixa a desejar: tem uma série mais divertida com bolsas metalizadas em prata e ouro e ainda os modelos em vermelho envernizado e azul royal. Mas o destaque vai para as bolsas com inspiração esportiva, mais compridas e arredondadas e em diversas cores, como branco, preto, verde e marrom. Tem para todos os gostos. Agora, quem gostar de todas vai sofrer um pouco na hora de escolher.
3. A nova Lady Dior
E a barriguinha de fora virou estilo de lady Dior. O desfile já abre com um top cropped e shorts, tudo branco, na versão mais delicada e pura de uma Lolita. Se tem algo em que Simons é mestre, entre tantos talentos, é a arte da suavidade moderna. O look se repete ora com parkas, ora com paletós, ou com uma saia sobreposta ou um tricô desconstruído. É como se essas duas pecas fossem a base para a construção das silhuetas, com composições em camadas. O paletó transforma o look em mais clássico, o tricô fúcsia em mais moderno e por aí vai. Transparências e volumes se equilibram numa precisão técnica absurda.
4. O paletó perfeito
Quer investir em uma peca especial e que vai durar pra sempre? Os paletós da Dior são imbatíveis. De corte impecável, tem os modelos mais tradicionais e os que levam características fortes da Dior, com a silhueta arredondada nos ombros, uma masterpiece da alfaiataria. Tem também a versão risca de giz, só que na horizontal e com um top cropped como peça para usar em baixo. Ele desconstrói o traje completo de paletó, calça, camisa e colete, com bons resultados. Não podemos esquecer que, mesmo à frente de uma grande marca tradicional, Raf sempre se inspirou na subcultura jovem, algo que verdadeiramente faz parte de como ele olha o mundo. Assim, ele consegue rejuvenescer os códigos de peças tão tradicionais.
5. Listras, goste ou não goste
Quem se assustou com as listras da Prada, podem ver que elas ganham fôlego aqui na Dior, com uma série de looks listrados e em duas cores. Um colete vestido com barra plissada, parkas com maxigola (a mais linda, lilás e branca), vestidos… Uma listra mais grossa aparece de forma quase invisível em um dos looks mais etéreos e transparentes: se olharmos com atenção, vemos duas faixas alaranjadas bem suaves, o que mostra a importância das listras na coleção.
6. Foco na primeira fila
Há uma mudança de padrão na primeira fila: os rostos não são aqueles célebres com os quais estamos acostumados. Há sim muita gente bonita, mas de famoso mesmo, Rihanna representa sozinha e parece ser suficiente para que sua imagem vestindo Dior transite o mundo inteiro em segundos. Emilia Clarke e Elizabeth Olsen também estavam, mas sem o mesmo poder ou presença que Rihanna. E então eles pegam celebridades regionais dos países onde possuem lojas. Do Brasil, a convidada foi Camila Pitanga.
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