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    Empresário Fábio Souza: “Vintage é sinônimo de reciclagem”
    Empresário Fábio Souza: “Vintage é sinônimo de reciclagem”
    POR Camila Yahn

    Já tem alguns anos que a moda passou a prestar mais atenção na reciclagem. De conceitos, de materiais, de vontades, de produtos. O boom de palavras como sustentabilidade e rastreabilidade atingiu a indústria de frente, forçando muitos cabeças-duras a se reinventarem.

    Não por acaso, os brechós ressurgiram com força total. Aqui em São Paulo – a Meca da moda brasileira –, um deles merece atenção especial: localizado no bairro de Pinheiros, a À La Garçonne investe firme no conceito do reaproveitamento de roupas, usando o vintage como desculpa para reciclar tendências e modismos: “O vintage é o futuro. Reciclar é a palavra-chave para mantermos o mundo em harmonia com o homem”, contou Fábio Souza, fundador do espaço, ao portal FFW.

    Confira nosso bate-papo na íntegra:

    a-la-garconne-ambiente-moveis-vintage-fabio-souza-fachadaA fachada da loja À La Garçonne em São Paulo: a ambientação vintage é proposital © Divulgação

    Como começou o seu envolvimento com moda?
    Trabalhei por muitos anos com mobiliário, e no tempo livre comecei a estampar e customizar camisetas vintage pra usar, pois não encontrava camisetas que me agradavam para comprar. Em pouco tempo o negócio cresceu e o passatempo virou business, nascendo aí a marca Alcides e Amigos.

    E a Alcides e Amigos ainda existe?
    A marca Alcides e Amigos continua existindo. A mudança foi transferir a loja da Rua Augusta pra dentro da À La Garçonne, ocupando uma sala exclusiva no segundo andar da loja, somando forças e concentrando todo o conceito num mesmo lugar. Continuo vendendo as camisetas da minha grife no atacado, para lojistas de todo o Brasil. Mas aqui em São Paulo prefiro concentrar as vendas na própria loja.

    Vender pra quem?
    Não tenho um público-alvo predeterminado, hoje a aceitação do produto usado é muito maior pelos jovens, porém na loja existe um mix de produtos que podem interessar a diferentes idades e classes sociais. A À La Garçonne não vende somente roupas, mas também todos os móveis e objetos que fazem parte da decoração podem ser comprados.

    E o que há de consumível na decoração?
    Criei uma história fictícia. O conceito era recriar a atmosfera de uma loja que teria sido fundada no ano 1929 e teria funcionado até meados dos anos 1950. De lá pra cá, o espaço fora abandonado, sendo reaberto nos dias de hoje sem nenhuma reforma, utilizando as características originais. Para isso, tive que percorrer muitas cidades (como Rio de Janeiro, Santos, Itú, Nova Iorque, Tóquio, Lisboa, Berlim, entre outras) para conseguir os móveis adequados e que estivessem propositalmente danificados para mimetizar o desgaste natural do tempo.

    a-la-garconne-ambiente-moveis-vintage-fabio-souzaNo interior da loja, tudo está à venda: móveis, objetos de decoração e, claro, roupas © Divulgação

    Quais critérios você segue para selecionar o acervo disponível na loja?
    A ideia é ter um brechó atual, street, com peças que as pessoas queiram usar agora. Mas não descarto as peças muito antigas, étnicas ou que contam alguma história, pois considero importante conhecer e passar adiante o que se usou no passado e em culturas muito diferentes da nossa. Outra coisa que faço é reformar muitas das peças que compro, principalmente os vestidos, para que fiquem com a silhueta atualizada.

    É notório seu envolvimento pessoal com o estilista Alexandre Herchcovitch. E na loja: ele se envolve? Criativa ou financeiramente?
    Dentro da loja existe um espaço onde abrigamos o projeto “Adotar é Tudo de Bom” da Pedigree, que consiste em vender parte do guarda-roupa dos embaixadores do projeto. A renda desta venda especial é revertida em ração para a manutenção de ONGs que abrigam cães abandonados. Alexandre Herchcovitch foi o primeiro embaixador convidado do projeto a vender itens escolhidos do seu acervo pessoal, doando mais de 300 peças para a venda especial que iniciou na abertura da loja e finalizou em janeiro de 2010. Até o momento, este foi o único envolvimento dele com a À La Garçonne.

    Existem outros embaixadores deste projeto?
    Sim. Dentro de algumas semanas divulgarei as novas peças disponíveis. Entre os embaixadores estão Luciana Curtis e Henrique Gendre, Ara Vartanian e Sabrina Gasperin, Paulo Borges e Natalie Klein.

    Por que vintage?
    Vintage é o futuro. Vivemos num planeta que não suporta mais a interferência do homem poluindo a natureza com a fabricação de novos produtos, reciclar é a palavra-chave para mantermos o mundo em harmonia com o homem.

    a-la-garconne-ambiente-vintage-fabio-souza-araraA À La Garçonne opera em parceria com embaixadores que disponibilizam peças selecionadas de seus acervos pessoais para venda na loja © Divulgação

    À La Garçonne
    ONDE Rua João Moura, 395 –Pinheiros – São Paulo (capital)
    COMO CHEGAR Veja o mapa
    CONTATO (11) 2364-3280

    + Site oficial da grife: alagarconne.com.br

    + Blog da grife: a-la-garconne.blogspot.com

    + Página no Facebook: pt-br.facebook.com/people/A-La-Garconne-Loja

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