Clara Pasqualini estava para celebrar um ano de sua marca Fauve quando a pandemia tomou todos de surpresa. Lançada em abril de 2019, a marca com foco no streetwear tem seu nome inspirado no movimento arístico Fauvismo. Ela acaba de lançar sua nova coleção após o primeiro impacto resultado do covid-19, período em que manteve suas peças com 50% de desconto.
A Fauve, nascida no Rio Grande do Sul, oferece peças femininas e masculinas com peças utilitárias e que rondam o universo street, como jaquetas, camisetas, calças, vestidos e acessórios. Nós conversamos com Clara sobre a criação da marca, seus diferenciais e planos para o futuro.
Como você define sua marca?
A FAUVE é uma marca de streetwear que veio da vontade de fazer algo autêntico. Criar a marca foi um grande processo de autoconhecimento e de se livrar de “caixinhas” ou rótulos. O streetwear não anda sozinho e muito de arte, de música e de moda vintage me influenciam na hora de criar não só roupas, mas o universo da Fauve. Então a fauve é uma marca profunda, om pesquisa, com verdade. É um streetwear que tem história e que flutua pelo passado e pelo futuro, onde a cada drop mostra uma parte desse mundo. Um mundo de experiências, comportamento, ideais, arte e moda.
De onde vem o nome Fauve?
Ele vem da expressão francesa “les fauves”, do Fauvismo, que foi uma corrente artística do início do século 20 que tinha como principais características o uso de cores puras, um colorido brutal, pinceladas fortes e ferozes, a impulsividade. Eram criações livres e espontâneas, com muito uso do instinto, do emocionalismo expressivo. Os artistas desse grupo foram chamados por críticos de arte, de “les fauves”, expressão que significa “as feras” ou “selvagens”. A Fauve nasceu com uma coleção chamada A Trilogia FAUVE, que é a junção de moda, arte e música, pois trabalhei muito todos esses lados. Esse foi um trabalho pra encontrar a essência da marca, desenvolvi então uma coleção predominantemente masculina.
Qual o diferencial da marca?
Acredito que é ser exatamente o que ela é. É a sua forma de comunicação, é ser não só uma marca e um estilo, mas ser um espaço para artistas e pessoas interessantes. A FAUVE está sempre aberta para trabalhar com pessoas de diversas áreas, construindo conteúdo e projetos, lançando modelos e envolvendo pessoas. As roupas sempre tem um porquê. Tudo na marca, desde as peças, até as fotos, a comunicação, as redes, tudo tem que fazer sentido.
Como está sendo gerir uma marca nova em tempos de pandemia?
O objetivo da FAUVE nunca foi apenas vender por vender, e a pandemia apenas intensificou esse conceito, de trazer um produto rodeado de informação, experiência de consumo, humor e conteúdo. Durante a pandemia, intensificamos a FAUVE não só como um canal de compra e venda, mas um canal de entretenimento, lançamos a FAUVE TV, que trás tudo o que existe no universo da marca: personalidades da música, apoio e descoberta de novos artistas, comportamento, beleza, moda e arte.
Além disso, a pandemia coincidiu com o aniversário de um ano da marca, então afim de facilitar a compra para nossos clientes nesse momento, presenteamos eles com 50% de desconto em todos os produtos.
Quais seus planos a longo prazo?
A FAUVE não é apenas sobre ser uma marca de roupa, quero mais pra frente poder transformar em um festival de música, em uma escola de costura, em uma pista de skate, em um estúdio de gravação. Então sim, são planos grandes, mas a marca é sobre isso, é sobre ser uma plataforma de criatividade e expressão.