A partir de 31 de outubro a Coach Inc., empresa detentora da Coach, Kate Spade e Stuart Weitzman, terá um novo nome: Tapestry Inc.
A mudança tem a ver com o ambicioso desejo da empresa em tornar-se o primeiro grande conglomerado de moda dos EUA, tendo como principal concorrente a Michael Kors Corporation (que adquiriu a Jimmy Choo em julho deste ano, marca pela qual a Coach Inc. também se interessava) e aos moldes dos europeus LVMH (LV, Fendi, Dior, entre outras) e Kering (Gucci, Balenciaga, Saint Laurent…).
Afinal, a aquisição de outras marcas começou há dois anos com Stuart Weitzman (US$ 574 milhões) e, em maio deste ano, foi a vez de Kate Spade (US$ 2,4 bilhões) integrar o guarda-chuva do grupo. Pensando nisso, a ideia do novo nome foi também dar uma cara de conglomerado de moda para a empresa ao invés de remeter somente à Coach .
“Estamos num momento decisivo na nossa reinvenção corporativa. Evoluímos de uma única marca para uma verdadeira casa de marcas que emocionam e provocam desejo, expandindo nossa base operacional”, disse Victor Luis, CEO da (agora) Tapestry Inc., em comunicado oficial. “Cada uma de nossas marcas tem uma proposta única, cumprindo diferentes necessidades e sensibilidades dentro de um mercado global de US$ 80 bilhões, que é muito atraente e promissor, de bolsas, acessórios, calçados e outerwear de luxo”, continua.
Ainda que o principal objetivo da Tapestry é tornar-se o principal grupo de moda americano, Vitor afirma que futuramente a empresa estará aberta a aquisições de marcas europeias e asiáticas – por isso o rebrand é somente um primeiro passo. “Acreditamos que a Tapestry pode expandir ainda mais nosso portfólio e marcas ao passo que se estendem a novas categorias e mercados”, diz ele, complementando que os produtos não serão projetados e fabricados em um único país, ao contrário de seus concorrentes com o “made in Italy” ou “made in France”.
O processo para encontrar o novo nome foi conduzido pela Carbone Smolan Agency e levou três meses. Vitor não queria um nome muito corporativo ou inventado, como é o caso da Kering. A ideia era propor algo que fosse fácil para todos entenderem. Além disso, “Tapestry” expressa os valores compartilhados de seu portfólio como um todo, tendo o otimismo, a inclusão, inovação e diversidade cultural como os principais deles.
O álbum Tapestry de Caroline King, lançado em 1971, também foi outra referência. “Descobrimos que a maior parte dos millenials nunca ouviu falar sobre este álbum”, divide.
A partir de 31 de outubro as operações da Tapestry na bolsa de valores de Nova York terá o símbolo TPR em vez de COH.