Campanha de Outono/Inverno 2012 da Mulberry ©Tim Walker/Reprodução
A Luxury Society, organização francesa destinada a investigar os rumos do mercado de luxo, bem como conectar profissionais do setor, divulgou uma análise em que o prestígio de determinadas marcas é medido a partir do desempenho de suas bolsas em ferramentas de busca na internet. Por meio da apreciação de 130 milhões de pesquisas virtuais realizadas em oito países, divididos em três continentes, o estudo avaliou a “performance” de 130 grifes, entre elas Chanel, Louis Vuitton, Hermès, Mulberry e Gucci. O resultado originou o “Top 10 Most Searched Luxury Handbags Brands Globally” (“Top 10 de Marcas de Bolsas de Luxo Mais Buscadas Internacionalmente”, em tradução livre para o português), além de disponibilizar dados interessantes acerca dos gostos e preferências regionais.
Números de buscas de bolsas de marcas de luxo por 1.000 usuários ©Reprodução
A primeira informação trazida na análise afirma que, considerando-se o número de buscas por bolsas de luxo em um total de 1.000 usuários, os britânicos são os líderes com 422 pesquisas. Como o próprio estudo justifica, a opção por adotar tal método de avaliação deu-se em virtude de cada país apresentar tamanhos populacionais e mercadológicos completamente distintos. A seguir, é revelado que no Japão a Louis Vuitton ocupa apenas a nona posição no ranking nacional, enquanto que nos outros sete países a marca está presente entre os cinco primeiros lugares. O fato acontece talvez porque, de acordo com o “The Economist”, 85% das japonesas já possuem peças da grife francesa. Já a Coach, muito popular nos Estados Unidos, é pouco conhecida – e desejada – na Europa: está em 29º na Itália, 19º na França e 11º na Alemanha.
Campanha de Primavera/Verão 2012 da Longchamp, com a modelo Coco Rocha ©Reprodução
Apesar de a França também ser a terra de origem das tradicionais Hermès e Chanel, é a Longchamp a marca mais buscada virtualmente no país; a Louis Vuitton vem logo em seguida, em segundo lugar. Algo semelhante ocorre no Reino Unido, onde a Mulberry tem quase o dobro numérico de pesquisas à frente da Chanel. O mais interessante nesses últimos dados é que tanto Longchamp quanto Mulberry são menos tradicionais e com preços mais amistosos que as supracitadas. Quanto ao Brasil, a análise aponta uma curiosa preferência por marcas fora da esfera do, como intitulam, “mega-mainstream”: a Céline e a Balenciaga, por exemplo, aparecem na terceira e sétima posições, respectivamente.
No que diz respeito a modelos específicos, a “Birkin”, da Hermès, é a bolsa mais pesquisada nos Estados Unidos, Reino Unido e França. No entanto, os consumidores americanos parecem preferir a peça em cor laranja, enquanto os franceses dão preferência à preta. Já as clássicas “2.55”, da Chanel, e a “Speedy”, da Louis Vuitton, têm também nos Estados Unidos seu maior número de buscas. O ranking divulgado pela Luxuty Society trabalha com a avaliação proporcional de todos os países investigados; confira abaixo:
1. Coach
2. Louis Vuitton
3. Chanel
4. Gucci
5. Longchamp
6. Prada
7. Hermès
8. Mulberry
9. Marc Jacobs
10. Michael Kors