Como muitas marcas, o estilista J.W. Anderson vai transmitir ao vivo seu desfile masculino. Só que vai fazê-lo através da rede social gay Grindr.
Os usuários do app irão receber um link com o código para fazer o streaming, que não será visto no aplicativo em si, mas sim em um browser no celular ou i-pad. De acordo com o Grindr, há, globalmente, um milhão de usuários ativos a cada minuto na plataforma. Imagina que o desfile vai passar perto dos olhos de quase um milhão de homens que só precisam estar com o celular na mão. Como comparação, na estação passada seu desfile masculino teve 5 k de views em seis meses no Youtube.
É uma ótima ação de PR e que faz sentido para os dois lados. Jonathan é jovem e fala com a geração atual. Suas coleções, especialmente as masculinas, trabalham os gêneros de maneira desordenada, misturando feminino e masculino. Quantos homens gays já não compram ou gostariam de consumir JWA e estão no Grindr?
De acordo com a Witek Communications, expert no mercado de consumo LGBTS, “a força de consumo combinada entre as populações lésbica, gay, bissexual e transgender em 2014 foi estimada em US$ 884 milhões só nos Estados Unidos”. Globalmente, essa figura sobe para os trilhões. “Moda é um tópico de interesse enorme para este consumidor”, diz o VP de Marketing do Grindr, Landis Smithers.
Para o app, a transmissão de um desfile de um nome contemporâneo como o de Anderson, traz uma sensação de inovação para sua reputação. Para Jonathan, consegue atingir seu público alvo na mosca e potencializado pelo poder de uma rede social. Esse encontro já deu certo.